quarta-feira, 3 de outubro de 2007

"Não há provas" de que Diana estava grávida, diz juiz




Da BBC Brasil








Detalhes "íntimos" da vida da princesa Diana serão apresentados no inquérito sobre sua morte, mas uma prova de que ela estaria grávida poderá jamais ser encontrada, disse nesta quarta-feira o juiz Scott Baker, que analisa o caso.








Segundo o juiz, provas científicas podem não ser suficientes para determinar se ela estava, ou não, grávida quando morreu em um acidente de carro em Paris, dez anos atrás.
Baker acrescentou que há evidências de que, na época do acidente, ela estava tomando pílula anticoncepcional.








Jerome Delay/AP
Diana olha para trás dentro de Mercedes momentos antes de acidente em Paris








O juiz disse ainda que há informações contraditórias sobre se Diana estava prestes a se tornar noiva de Dodi al Fayed, que morreu no mesmo acidente, que também matou o motorista do carro, Henri Paul.








Como o pai de Dodi, Mohammed al Fayed, alega que o casal foi morto para que não se casasse, a questão da gravidez é uma das 20 que serão analisadas no inquérito em Londres.








De acordo com o juiz, a dúvida é relevante: "Primeiro, afirma-se que sua gravidez ou suspeita de gravidez seria o motivo ou parte do motivo para que se matasse Diana".








"Segundo, seu corpo foi embalsamado pelos franceses e afirma-se que o objetivo foi esconder o fato de que ela estava grávida."








Não foi realizado nenhum teste de gravidez em Diana no hospital de Paris para o qual ela foi levada depois do acidente, já que não havia nenhuma razão aparente para isso.








Mais tarde, em um exame póstumo, não foi encontrada nenhuma evidência de que ela estava nas primeiras semanas de gravidez, mas os jurados também deverão ouvir evidências sobre o quão possível seria encontrar sinais de gravidez em um exame póstumo.








Segundo o juiz, é provável que, neste caso, não haja como provar cientificamente se Diana estava grávida ou não.








"Vocês vão, claro, considerar as evidências científicas apresentadas, mas também vão ouvir depoimentos de várias fontes sobre o que Diana disse a amigos e ver evidências de detalhes íntimos de sua vida pessoal."








Também foram mostradas aos jurados fotos inéditas dos últimos momentos da vida da princesa, e do carro, logo após o acidente.








O juiz Scott Baker disse ainda ao júri que há uma série de diferentes evidências sobre se o motorista, Henri Paul, estava bêbado ou não.








Segundo Baker, enquanto amostras indicavam que Paul havia bebido mais do que o limite aceito na Grã-Bretanha para que se possa dirigir, testemunhas contaram não ter visto nenhum sinal óbvio de que ele estava intoxicado naquela noite.








AP
Equipes analisam Mercedes destruída após acidente que matou Diana em Paris








"Há a questão se ele estava, ou não, apto a dirigir por causa de drogas ou álcool, e também se as evidências foram fabricadas ou criadas para dar a impressão de que ele estava bêbado quando, na verdade, ele não estava."








Do lado de fora, Mohammed al Fayed criticou os comentários do juiz.








Segundo o porta-voz de al Fayed, Michael Cole, "os advogados foram levados a acreditar que seria uma apresentação neutra do caso".








"Mas questões contenciosas e disputadas foram apresentadas logo no início --e isso poderia apresentar a aparência de uma tendência, seja ela intencional ou não."








O inquérito, realizado no Tribunal de Justiça Real de Londres, pode durar até seis meses.



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