sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Decisão do STF foi 'cajadada cívica', diz líder do DEM


Partido pretende recuperar duas vagas na Câmara. Onyx Lorenzoni diz que decisão foi 'mais que um tapa na cara' da Casa.





ROBERTO MALTCHIK





O líder do Democratas na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), anunciou nesta sexta-feira (5) que o partido entrará na próxima quarta-feira (10) com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reaver os mandatos dos deputados Gervásio Silva (PSDB-SC) e Jusmari Oliveira (PR-BA), que deixaram a legenda depois de 27 de março.




"Tenho 100% de confiança de que vamos reaver os mandatos. Não tem muito para discutir. Eles mudaram de partido depois de 27 de março", argumentou.




A decisão do Supremo Tribunal Federal, que freia a infidelidade partidária, partiu do julgamento de três mandados de segurança, um deles do Democratas.




Para o deputado Onyx Lorenzoni, a decisão do Supremo foi mais do que "um tapa na cara" na Câmara, que deixou de aprovar regras rígidas para coibir o chamado troca-troca partidário. "Na verdade, foi uma cajadada cívica. A decisão do Supremo está de bom tamanho", avalia.





Mudanças programáticas





O líder do Partido da República (PR), Luciano Castro (RR), já tem prontas as justificativas para garantir o mandato dos parlamentares que podem perder a vaga na Câmara.




Três parlamentares do partido se enquadram na nova interpretação do Supremo sobre a fidelidade partidária e podem ficar sem mandato. "A pior coisa do mundo é querer segurar um parlamentar a ferro e fogo. Não vamos perder ninguém. Vamos discutir tudo na justiça", informou Castro.




A deputada Jusmari Oliveira (PR-BA) saiu do Democratas em 5 de março, mas ingressou tarde demais no PR. "Ela se integrou ao partido por discordar das mudanças programáticas do DEM. Está tudo documentado", assegurou Luciano Castro.


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