terça-feira, 2 de outubro de 2007

Quénia: Expansão urbana caótica estimula crime nas cidades do mundo

"A VIOLÊNCIA URBANA PELO MUNDO"

Nairobi, - Os números de crimes aumentam nas cidades de todo o mundo e agora afectam mais da metade dos moradores das zonas urbanas dos países em desenvolvimento, afirmou nesta segunda-feira a agência da ONU para assentamentos humanos, a UN-habitat. grandes cidades.

Destacou ainda que o Rio de Janeiro e São Paulo são responsáveis por mais da metade da violência do Brasil.

As taxas dos crimes globais aumentaram cerca de 30% entre 1980 e 2000, o que equivale a três mil crimes a mais por cada grupo de 100 mil pessoas, alertou o relatório desta agência da ONU sediada em Nairobi.

Nos últimos cinco anos, 60% das cidades de países em desenvolvimento foram vítimas de crime, segundo dados deste documento que atribuía a tendência de aumento da violência principalmente à rápida e caótica urbanizada.

"A violência urbana e o crime estão aumentando mundialmente, dando impulso a um medo generalizado e tirando investimentos de muitas cidades", lamentou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citado no estudo.

"Isto é especialmente verdade na África, América Latina e no Caribe. Na América Latina, onde 80% da população é urbana, a expansão rápida de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México e Caracas são responsáveis de mais da metade da violência em seus respectivos país.

O relatório, intitulado "Enhancing Urban Safety and Security: Global Report on Human Settlements 2007" afirma que mais da metade da população mundial agora vive em cidades, além de apontar para um declínio na violência urbana na América do Norte e no Leste Europeu.

No entanto, mais da metade das cidades tanto de países ricos ou pobres têm medo de crimes "o tempo todo" ou "muito freqüentemente", relatou o documento, citando a opinião de entrevistados.

Pessoas pobres que vivem em favelas são mais afectadas pelo aumento da criminalidade, assim como os quase 100 milhões de crianças de rua nas cidades do mundo.

"A insegurança afecta os pobres mais intensamente", afirmou Anna Tibaijuka, directora da UN-Habitat. "Isto desfaz laços socioculturais e impede a mobilidade social".

O relatório, divulgado exactamente no Dia Mundial da Habitação, em 1° de Outubro, pede um plano urbano efectivo e um governo eficaz como medidas chave para a prevenção de crimes.

Nenhum comentário: