domingo, 25 de novembro de 2007

Assembléia aprova a nova Constituição de Evo

A maioria governista da Assembléia Constituinte da Bolívia aprovou na noite deste sábado a nova Constituição do país, proposta pelo presidente Evo Morales. Reunidos em um colégio militar na cidade de Sucre, a capital constitucional boliviana, e sem a presença da oposição, os constituintes do Movimento ao Socialismo (MAS) e outras agremiações – todos fiéis seguidores do populista boliviano – deram seu consentimento à nova Carta, aprovada com 136 dos 139 votos possíveis.


A aprovação em primeira instância na nova Constituição boliviana aconteceu em meio a violentos confrontos de rua. Enquanto os artigos do projeto de eram votados, enfrentamentos entre a polícia e manifestantes em Sucre deixaram pelo menos dois mortos e cerca de 100 feridos. Lideradas por universitários opositores do governo de Evo Morales, as manifestações já haviam deixado mais uma centena de feridos na sexta-feira.


Uma multidão de universitários caminharam em direção ao colégio militar, onde os constituintes estavam isolados por vários cordões de policiais. Armados com paus e pedras, os manifestantes foram reprimidos pela polícia com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. A oposição classificou a reunião da assembléia de ilegal por ocorrer em um quartel militar e atacou a agenda prevista.


Reeleição eterna - De acordo com a agência oficial de notícias ABI, o texto da Carta nem sequer foi lido antes de ser votado, devido à tensão pelos confrontos. A exemplo do que tenta fazer o seu colega Hugo Chávez, na Venezuela, um dos artigos propostos por Morales em sua nova Constituição é a introdução na Bolívia da reeleição indefinida para presidente. Os protestos da oposição estão longe de terminar.

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