Chávez: de mal com Uribe(Foto: AFP)
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou suas baterias ontem contra seu colega colombiano, Álvaro Uribe, a quem chamou de "porta-voz da oligarquia antibolivariana", durante uma reunião com o alto comando militar. Chávez anunciou domingo que colocou em "um congelador" as relações bilaterais com a Colômbia, depois que Bogotá decidiu suspender sua mediação no processo de liberação de reféns das Farc em troca de rebeldes presos.
"Vocês sabem o que aconteceu nestes últimos dias na Colômbia? Uma oligarquia que não quer a paz e acredita que vai brincar conosco. Não vão brincar conosco, uma oligarquia colombiana nem nenhuma outra. A Venezuela deve ser respeitada", afirmou Chávez, num discurso em Caracas. Uribe é o principal aliado de Estados Unidos na região e Chávez, inimigo declarado do presidente George W. Bush.
O governo da Espanha, outro país com quem, segundo Chávez, a Venezuela congelaria as relações, procurou minimizar as declarações do venezuelano. Bernardino León, secretário para Relações Exteriores, disse que a Espanha não entraria em "novas provocações".
A presidente eleita da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, afirmou que a política externa de seu governo será uma continuidade da do seu marido. Defendeu a integração da Venezuela ao Mercosul, embora tenha afirmado que sua proximidade com Hugo Chávez não signifique afastamento em relação ao Brasil.
É consenso entre analistas de relações internacionais que Néstor Kirchner priorizou a relação com a Venezuela em detrimento à proximidade de outros países, inclusive o Brasil. A visita de Cristina a Luiz Inácio Lula da Silva, há poucos dias, havia alimentado a suposição de que ela inverteria essa situação. (das agências)
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