sábado, 1 de dezembro de 2007

Manifestantes pedem execução de professora britânica no Sudão

CARTUM - Cerca de dez mil sudaneses, muitos armados com facas e porretes, protestaram ontem na frente do palácio presidencial em Cartum exigindo a execução de uma professora britânica condenada por insultar o Islã, por permitir que seus alunos dessem a um ursinho de pelúcia o nome de Maomé. Os manifestantes, saindo das mesquitas após as orações muçulmanas de sexta-feira, seguiam caminhões com alto-falantes que divulgavam mensagens contra Gillian Gibbons, a professora sentenciada ontem a 15 dias de prisão e posterior deportação. A professora já cumpriu cinco dias de prisão e foi transferida da prisão feminina de Oumdurman, perto de Cartum, a um cárcere secreto, para a própria segurança.

“Eles transferiram Gibbons da prisão a outro cárcere para protegê-la e para que ela complete sua sentença”, informou o principal advogado da professora britânica, Kamal al-Gizouli. Segundo ele, ela está com boa saúde. Os manifestantes se concentraram na Praça dos Mártires, na frente do palácio, por cerca de uma hora, enquanto centenas de policiais da tropa de choque observavam a manifestação. Os participantes queimaram fotos de Gibbons e gritaram: “Sem Tolerância: Execução” e “Levem-na ao paredão de fuzilamento”. (AE)

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