quarta-feira, 28 de novembro de 2007

IML confirma estupro, mas põe de lado gravidez

Ao contrário do que se especulava, a menor que ficou presa numa cela masculina durante 24 dias no Pará não está grávida. É o que afirma a Secretaria de Segurança Pública do estado, que divulgou nesta quarta-feira o resultado de cinco exames feitos pelo Instituto Médico Legal na jovem L.. De acordo com os laudos do IML, a menina foi sistematicamente estuprada na prisão, onde era obrigada a fazer sexo com os ocupantes da cela em troca de comida, mas não engravidou.


Segundo informações do portal Terra, os exames de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) de L. deram resultado negativo. A garota tem uma série de escoriações pelo corpo em fase de cicatrização. Na terça, exame feito pelo mesmo IML com base na arcada dentária da jovem confirmou que ela tem entre 15 e 16 anos de idade.


A possível gravidez de L. foi cogitada depois que rumores davam conta que a menina apresentava claros sinais de gravidez, como fortes enjôos matinais. A menor não quis fazer o exame de gravidez mais comum, vendido nas farmácias. Por isso foi necessário aguardar os testes feitos no IML.


‘Problema mental’ – Também na terça, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, teve de lidar com a polêmica causada por uma declaração do delegado-geral do estado, Raimundo Benassuly, um dos responsáveis pela detenção ilegal. Em audiência pública no Senado, ele disse que L. "tem algum problema mental, porque em nenhum momento manifestou a sua minoridade penal". Diante da forte reação provocada pela frase, a governadora criticou o delegado e disse que o caso "não tem justificativa".

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