O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o colega francês, Nicolas
Sarkozy, anunciaram neste sábado, em visita do brasileiro a Paris, que
levarão uma proposta comum para a Conferência de Copenhague sobre o
clima, no mês que vem. Em entrevista, os dois cobraram de Estados
Unidos e China posições mais "audaciosas" sobre o assunto.
Os principais pontos da proposta são que países industrializados reduzam em ao menos 80% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050; que países em desenvolvimento busquem crescer com baixa emissão de carbono, mediante ajuda financeira dos países ricos; e que seja criada uma organização internacional de ambiente e sustentabilidade.
Benoit Tessier /Reuters
O presidente Lula (à dir.) conversa com o colega Sarkozy antes de falar a jornalistas
"Não exigimos o impossível, temos que fazer o razoável", disse Lula. "Não podemos permitir que Obama e Hu Jintao [presidente da China] fechem acordo tomando como base apenas a realidade econômica de seus países, sem levar em conta suas responsabilidades. O mundo é multipolar", disse o presidente.
Na entrevista, Lula afirmou que telefonará para o presidente dos EUA, Barack Obama, para debater o tema. Neste domingo (15), Obama realiza a sua primeira visita oficial à China. Os dois países são os principais responsáveis por emissões de gases do efeito estufa.
O presidente francês também enviou um recado direto a Obama dizendo que tem confiança no americano, mas que a "economia que mais emite carbono no mundo" precisa "enfrentar suas responsabilidades".
Lado a lado, Lula e Sarkozy se comprometeram a trabalhar contra o relógio para convencer o maior número possível de países a se juntar à sua posição com o objetivo de fazer com que a cúpula de Copenhague seja um sucesso. Sarkozy disse que estuda vir à América do Sul "para convencer alguns países da região" e à África. "Queremos carregar toda a África conosco."
Para Sarkozy, o Brasil é "o primeiro país emergente que compreende" o caráter crucial da mudança climática. "Chegaremos a Copenhague com propostas ambiciosas", garantiu. "Não podemos esperar mais", concluiu.
O Brasil, o quarto emissor mundial de gases do efeito estufa, se compromete a reduzir em entre 36,1% e 38,9% suas emissões projetadas para 2020, com medidas que incluem uma redução de 80% no desmatamento da Amazônia.
Proposta
Na proposta não há cifras, e sim uma série de "princípios", que Lula apresentou como "nossa Bíblia climática". O presidente disse que o documento deve ser "paradigma para canalizar as discussões de Copenhague", na qual 192 países se reunirão para fechar um acordo mundial sobre a mudança climática que substitua o Protocolo de Kyoto.
Para Lula, a proposta mostra que "a luta contra a mudança climática é imperativa, mas deve ser compatível com um crescimento econômico duradouro e com a erradicação da pobreza". Ele ressaltou ainda que "todos somos vítimas" da mudança climática. "Brasil não brinca com o clima e com seus compromissos", destacou.
Os principais pontos da proposta são que países industrializados reduzam em ao menos 80% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050; que países em desenvolvimento busquem crescer com baixa emissão de carbono, mediante ajuda financeira dos países ricos; e que seja criada uma organização internacional de ambiente e sustentabilidade.
Benoit Tessier /Reuters
O presidente Lula (à dir.) conversa com o colega Sarkozy antes de falar a jornalistas
"Não exigimos o impossível, temos que fazer o razoável", disse Lula. "Não podemos permitir que Obama e Hu Jintao [presidente da China] fechem acordo tomando como base apenas a realidade econômica de seus países, sem levar em conta suas responsabilidades. O mundo é multipolar", disse o presidente.
Na entrevista, Lula afirmou que telefonará para o presidente dos EUA, Barack Obama, para debater o tema. Neste domingo (15), Obama realiza a sua primeira visita oficial à China. Os dois países são os principais responsáveis por emissões de gases do efeito estufa.
O presidente francês também enviou um recado direto a Obama dizendo que tem confiança no americano, mas que a "economia que mais emite carbono no mundo" precisa "enfrentar suas responsabilidades".
Lado a lado, Lula e Sarkozy se comprometeram a trabalhar contra o relógio para convencer o maior número possível de países a se juntar à sua posição com o objetivo de fazer com que a cúpula de Copenhague seja um sucesso. Sarkozy disse que estuda vir à América do Sul "para convencer alguns países da região" e à África. "Queremos carregar toda a África conosco."
Para Sarkozy, o Brasil é "o primeiro país emergente que compreende" o caráter crucial da mudança climática. "Chegaremos a Copenhague com propostas ambiciosas", garantiu. "Não podemos esperar mais", concluiu.
O Brasil, o quarto emissor mundial de gases do efeito estufa, se compromete a reduzir em entre 36,1% e 38,9% suas emissões projetadas para 2020, com medidas que incluem uma redução de 80% no desmatamento da Amazônia.
Proposta
Na proposta não há cifras, e sim uma série de "princípios", que Lula apresentou como "nossa Bíblia climática". O presidente disse que o documento deve ser "paradigma para canalizar as discussões de Copenhague", na qual 192 países se reunirão para fechar um acordo mundial sobre a mudança climática que substitua o Protocolo de Kyoto.
Para Lula, a proposta mostra que "a luta contra a mudança climática é imperativa, mas deve ser compatível com um crescimento econômico duradouro e com a erradicação da pobreza". Ele ressaltou ainda que "todos somos vítimas" da mudança climática. "Brasil não brinca com o clima e com seus compromissos", destacou.
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