BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados derrotou por 252 votos a 181 na noite desta quarta-feira um dos principais pontos da reforma política: o voto em lista fechada.
Apesar do financiamento público de campanha, outro ponto considerado importante na reforma, ainda não ter ido à votação, a derrota da lista tende a inviabilizar sua aprovação.
O relator da matéria, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), defendia as duas medidas em seu parecer. Havia a expectativa de votar um texto alternativo ao de Caiado, mas o plenário descartou a idéia antes de rejeitar o voto em lista.
Os demais pontos da reforma política, assim como o financiamento público, serão votados na semana que vem.
A tese da lista fixa para escolha de candidatos a deputado e vereador dividiu o plenário da Casa. Segundo a proposta, o eleitor passaria a votar na legenda, não mais no candidato, por meio de uma lista pré-ordenada de nomes.
A disposição de alterar o sistema eleitoral brasileiro perdeu ainda mais fôlego após pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrar que mais de 70 por cento dos entrevistados são contrários ao financiamento público e à lista fechada.
Legendas como PT, PMDB, DEM (ex-PFL), PCdoB, PPS e PSOL fizeram uma proposta alternativa de lista e financiamento híbridos, mas a tese também foi derrotada.
O substitutivo de Caiado fixava recursos orçamentários para custear as eleições. As contas se baseavam em 7 reais por eleitor, mais 2 reais nos locais onde houvesse segundo turno.
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