domingo, 24 de junho de 2007

Aeronáutica: situação controlada nos aeroportos


Confirmando previsão feita pela FAB no sábado, a situação nos aeroportos brasileiros é tranqüila neste domingo. A Infraero informou que todo o sistema aéreo opera normalmente, com intervalos de 5 minutos no máximo entre os vôos nos aeroportos que são pontos de conexão, como Congonhas, Guarulhos, Galeão e Brasília, e "apenas com atrasos decorrentes do represamento dos últimos dias".
Segundo boletim divulgado pela estatal ao meio-dia deste domingo, apenas 5 vôos, o que representava 0,8% do total, em todo o país estavam com atrasos superiores a uma hora. O balanço divulgado inclui todos os 566 vôos programados até o meio-dia.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, os atrasos "não têm relação com o controle de tráfego aéreo". No boletim divulgado no início da tarde, o chefe do Centro de Comunicaçâo Social da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Antonio Carlos Bermudez, relata que não há nenhum tipo de restrição no sistema, em nenhuma região do país, desde as 15h de sábado.
A dúvida agora é quanto à volta dos passageiros que viajaram no final de semana, o que deve provocar o aumento do movimento nos aeroportos a partir da tarde deste domingo. Segundo a Aeronáutica, caso não haja contratempos meteorológicos, a situação deverá estar normalizada.
Contudo, o clima de tensão entre o comando da FAB e os controladores de vôo continua. A discussão agora gira em torno dos turnos de trabalho e da pressão exercida pelo comando da FAB sobre os controladores, a partir do plano de emergência imposto na sexta-feira para tentar conter o caos aéreo. O plano de emergência que prevê o remanejamento de controladores e o reforço das equipes foi montado e divulgado na sexta-feira, mas foi alvo de críticas.
'Ditadura na terra, perigo no céu'
No fim da tarde de sábado, 15 mulheres de controladores de vôo fizeram um protesto contra a Aeronáutica no saguão do Aeroporto de Brasília. Usando adesivos com a inscrição "Ditadura na terra, perigo no céu", elas acusaram o comando militar de coagir seus maridos, que estariam trabalhando sob a vigilância de oficiais armados na sala de controle aéreo.
- A Aeronáutica não está preocupada com a segurança dos vôos. Estão tirando os aviões do chão para dar uma resposta à sociedade a qualquer preço - afirmou Lúcia da Silva, uma das líderes do grupo.
As mulheres disseram ainda que os controladores remanejados do Rio a Brasília na noite de sexta-feira, após o afastamento de 14 sargentos do Cindacta-1, não estariam preparados para assumir as operações na capital.
- Eles estão muito irritados, trabalhando forçado, sem condições psicológicas para fazer o controle de vôos - disse Lúcia.
Em carta aberta ao presidente Lula e ao brigadeiro Juniti Saito elas pediram a desmilitarização do setor.
Comando nega turnos além dos previstos para controladores
A Aeronáutica negou que os controladores de vôo estejam cumprindo "turnos além dos previstos na legislação específica para a sua atividade" e garantiu que não há risco nas operações.
Na sexta-feira, o comando anunciou o afastamento de 14 sargentos que atuam no controle do tráfego aéreo no Cindacta 1, em Brasília. O ministro da Defesa, Waldir Pires, culpou os controladores pela crise aérea no país, durante esta semana, e disse que o Brasil não seria refém de nenhuma categoria.
Balanço de sábado
Segundo o balanço da Infraero, dos 1.275 vôos programados para decolar até as 19h30m de sábado, 21,6% haviam registrado atrasos superiores a uma hora. Sessenta e quatro foram cancelados.
O maior índice de decolagens com atraso superior a uma hora foi registrado em Fortaleza (42,8%), onde 18 dos 42 vôos programados ficaram fora de seu horário. Quatro vôos foram cancelados.
Em Brasília, 29,4% dos vôos (ou 25 das 85 decolagens previstas) atrasaram em mais de uma hora e apenas um vôo foi cancelado; em Confins, dos 42 vôos previstos 11 atrasaram (26,1%) e três foram cancelados.No Rio, no Galeão, 27 dos 120 vôos programados ficaram fora do horário e dez foram cancelados.
Em Guarulhos, o índice atingia 14,5%, ou 27 das 186 partidas agendadas. Dez vôos foram cancelados. Já em Congonhas, de onde sairiam 183 vôos, o índice de atraso ficou em 3,8%.
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica divulgou uma nota informando que, menos de 24 horas depois da aplicação de seu plano, não havia "nenhuma restrição ao fluxo das aeronaves em todo o País, por conta do trabalho coordenado dos militares envolvidos na operação ora em curso".
Da Agência O Globo

Comentário dos Leitores

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"Humilham a população, matam pessoas e ainda acham que devem sair ilesos. Expulsão é que merecem. "Ricardo Antônio

"ACHO QUE ESSES AMOTINADOS DEVERIAM SE EXPULSOS DA FAB. SE NÃO QUEREM SER MILITARES, QUE VÃO PARA INFRAERO. NÃO DÁ PARA MATAR GENTE DE INFARTO, PESSOAS PERDEREM ÓRGÃOS QUE SERIAM TANSPLANTADOS, PESSOAS DEIXAR DE ENTERRAR SEUS PAIS, PESSOAS RECÉM OPERADAS AGUARDANDO NO SAGÃO, IDOSOS PASSANDO MAL, CRIANÇAS DE COLO SENDO MAL TRATADAS E MAL ALIMENTADAS, ETC E OS CARAS ACHAM QUE ESTÃO SENDO MAL TRATADOS. QUEM VAI PAGAR PELAS MORTES OCORRIDAS POR CONTA DELES? E OS TRANSTORNOS CAUSADOS? E OS CARAS AINDA QUEREM CONSIDERAÇÃO? COLOQUEM A MÃO NA CONSCIÊNCIA. O lULA DEVERIA EXPULSAR ESSES PÉSSIMOS TRABALHADORES E QUEM SABE: ASSASSINOS. A FAB DEVERIA SUBSTITUIR ESSES CARAS POR OFICIAIS, AO MENOS EM BRASÍLIA. PESSOAL, NÃO DÁ PARA FAZER TANTO MAL A TANTA GENTE E PEDIR DESCULPAS OU DIZER QUE NÃO MERECE SER RESPONSABILIZADO.
"POPULAÇÃO QUE PAGA IMPOSTOS

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