sábado, 30 de junho de 2007

Ataques aéreos dos EUA matam 85 no Afeganistão

Aviões militares dos Estados Unidos bombardearam várias casas na aldeia de Hyderabad, no distrito de Gereshk, província de Helmand, no sul do Afeganistão. Funcionários do governo local disseram que 35 militantes do movimento islâmico radical Taleban e pelo menos 60 civis foram mortos no ataque. As forças de ocupação dos EUA reconheceram em comunicado que alguns civis foram mortos.
Segundo o chefe da polícia de Helmand, Mohammad Hussein, disse que os combates começaram quando um grupo de guerrilheiros do taleban tentou emboscar uma patrulha de soldados dos EUA e do Exército afegão ontem. Os guerrilheiros fugiram em seguida e se refugiaram na aldeia de Hyderabad, onde foram atacados. O prefeito de Gereshk, Dur Ali Shah, foi quem forneceu a estimativa do número de mortos.
O major John Thomas, porta-voz da Força Internacional de Assistência para Segurança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) disse não ter dados "neste momento que corroborem um número tão alto de vítimas", mas se recusou a apresentar outra estimativa. Outro porta-voz das forças de ocupação, o major Chris Belcher, afirmou que "aparentemente, o Exército do Afeganistão e forças da coalizão dispararam contra posições de fogo claramente identificadas. Restos mortais de algumas pessoas que aparentemente eram civis foram encontrados entre os corpos de combatentes insurgentes que foram mortos em posições de tiro em uma linha de trincheiras".
Mohammad Khan, morador de Hyderabad, disse que sete integrantes de sua famíliam inclusive seu irmão e cinco sobrinhos, foram mortos no ataque aéreo. "Eu trouxe três parentes feridos ao hospital de Gereshk", afirmou Khan. Segundo ele, os moradores da aldeia sepultaram "muitos corpos" neste sábado. Segundo estimativa, pelo menos 2.800 civis afegãos foram mortos neste ano pelo Exército do país ou pelas forças de ocupação.

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