sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Irã pede a Bagdá que liberte iraniano em poder dos EUA


BAGDÁ (AFP) — As autoridades do Irã insistiram nesta sexta-feira junto ao governo de Bagdá pela libertação de um iraniano detido na véspera por soldados americanos.





Soldado iraquiano mantém guarda a detidos supostamente ligados à Al-Qaeda. As autoridades do Irã insistiram nesta sexta-feira junto ao governo de Bagdá pela libertação de um iraniano preso na véspera por soldados americanos.





"Acompanhamos este caso junto com os iraquianos para tentar solucioná-lo", declarou um diplomata iraniano em Bagdá que não quis ser identificado.





"Não temos informações sobre o lugar onde se encontra detido nem contato com quem o deteve", acrescentou.





O Exército dos Estados Unidos anunciou em um comunicado a prisão de um oficial da força Al-Qods, unidade de elite dos Guardiões da Revolução Iranianos, na cidade de Suleimaniyah, 330 km ao norte de Bagdá, no Curdistão iraquiano.





"Este indivíduo está envolvido na infiltração de bombas e de combatentes estrangeiros no Iraque", afirma o texto oficial.





Mais cedo, um representante do governo autônomo curdo havia mencionado a detenção de um iraniano, membro de uma delegação de empresários, por soldados americanos em Suleimaniyah, no Curdistão iraquiano.





As autoridades iranianas enviaram um protesto formal ao governo iraquiano sobre o sucedido.
"A embaixada do Irã em Bagdá entregou uma carta formal de protesto ao ministério iraquiano das Relações Exteriores", destacou a chancelaria iraniana em comunicado.





O ministério iraniano das Relações Exteriores alegou que o homem detido era responsável pelas "relações comerciais entre Irã e Iraque" na província ocidental de Kermansha.





"Trata-se de uma clara violação das convenções internacionais e de uma iniciativa injustificável cujo objetivo é abalar as relações entre Irã e Iraque", denunciou o porta-voz iraniano Mohammad Ali Hosseini.





Washington acusa Teerã de apoiar as milícias xiitas que lutam contra o Exército americano fornecendo, entre outras armas, bombas capazes de furar as blindagens. O Irã sempre rejeitou estas acusações.





Em 28 de agosto, o Exército americano prendeu num grande hotel de Bagdá um grupo de iranianos que trabalhavam para o ministério iraquiano da Energia. Eles foram libertados algumas horas depois.





As forças americanas também detiveram em 11 de janeiro no Curdistão iraquiano cinco iranianos acusados de ajudar os rebeldes. Teerã afirmou que todos eles, que estão presos até hoje no Iraque, são diplomatas.


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