segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bolsas de NY abrem em baixa com alertas de Greenspan

Por Cynthia Decloedt


Agência Estado As bolsas norte-americanas abriram a semana em baixa, diante de uma série de declarações pouco animadoras do ex-presidente do banco central americano (Fed) Alan Greenspan, e de uma nova onda de pesadas vendas das ações do Northern Rock, banco britânico cedente de crédito imobiliário. O noticiário amplia o desconforto dos investidores diante da reunião amanhã do Fed, na qual o mercado espera que a autoridade monetária reduza o juro básico nos EUA, sem saber, entretanto, se tal medida será suficiente para debelar a atual crise do sistema imobiliário norte-americano, de crédito e financeiro.


Às 10h32, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York operava em baixa de 0,30% a 13.402 pontos. O índice Nasdaq cedia 0,41% a 2.591 pontos. O S&P 500 recuava 0,32% a 1.479 pontos.


Entre outras afirmações, Greenspan disse que o banco central norte-americano deve ser cuidadoso para não flexibilizar as taxas de juro muito agressivamente, por conta do risco de "reaparecimento da inflação", que é maior agora do que quando era presidente da instituição. Greenspan previu que os preços dos imóveis continuarão caindo nos EUA e não descartou a possibilidade de a retração atingir os dois dígitos.


Greenspan não falou diretamente sobre perspectiva de contágio na economia dos atuais problemas. Segundo Greenspan, a flexibilidade da economia norte-americana ajudará a fazer frente aos respingos da crise financeira, mas as perspectivas de efeito negativo na riqueza a partir do mercado imobiliário significam que esta crise é mais difícil de administrar do que crises financeiras que não atingem diretamente os consumidores.


Na Bolsa de Londres, as ações do banco Northern Rock despencaram mais 39% nesta manhã, depois de fecharem com desvalorização de 31% na sexta-feira. As ações caíram depois que o banco tentou reassegurar os clientes de que seu dinheiro estava seguro e procurou interromper a retirada de depósitos, que começou após o anúncio feito na sexta-feira de que o Banco da Inglaterra (BoE) havia concordado em oferecer liquidez e socorrê-lo.


No pré-mercado, as ações da Microsoft caíram 1,3%, em reação à decisão da Corte Européia de não aceitar a apelação da Microsoft de uma acusação de 2004 de violação de lei antitruste. As informações são das agências internacionais.

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