quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Após França cogitar guerra, Irã insinua ação contra Israel


Da Folha Online


Após os comentários do ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, foi o Irã que insinuou uma guerra nesta quarta-feira. A agência Fars publicou uma frase na qual o comandante da Força Aérea do Irã, Mohammad Alavi, afirma que o país responderia a uma ação de Israel.


"Nós temos um plano de que, em caso de uma besteira deste regime [em referência a Israel], o Irã pode retaliar e atacar Israel.


Alavi também disse que a indústria iraniana tem desenvolvido armas para confrontar possíveis ataques, incluindo mísseis de longa distância, munição inteligente, guiada por vídeo e também orientada por calor.


As declarações de Alavi foram reforçadas por falas do ministro da Defesa do Irã, Mostafa Mohammed Najjar, à agência oficial Irna. "Nós temos várias opções para responder ameaças e faremos uso delas se necessário", afirmou Najjar.


A Guarda Revolucionária do Irã informou que o país "prepara seu povo para um possível confronto contra qualquer agressão".


As declarações de Kouchner se referiam ao programa nuclear desenvolvido pelo Irã. Os EUA acusam o país do Oriente Médio de promover a iniciativa com fins militares, enquanto o Irã nega tais alegações e afirma que o objetivo do programa é parte de seus planos de geração de energia.


Reação


A Casa Branca reagiu aos comentários de Alavi e informou que eles não ajudam a situação. "Este tipo de comentário do Irã é inútil. Não é construtivo e quase parece ser provocativo", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Ela também afirmou que o Irã deve parar o enriquecimento de urânio.


A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, enfatizou a negociação para questões diplomáticas. "Temos de encontrar uma maneira de o Irã resolver pacificamente este assunto e temos de ser rígidos", disse Rice ao lado da ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni.


"Infelizmente estamos todos muito acostumados a este tipo de belicosidade, extremismo e ódio", afirmou Mark Regev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel.


"Nós tratamos a ameaça seriamente e assim faz a comunidade internacional", disse Regev.

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