Por Caren Bohan
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na quinta-feira que continua com esperanças de convencer, por meios diplomáticos, o Irã de desistir de suas ambições nucleares.
Na quarta-feira, o Irã afirmou que usará todos os meios para se defender, e que já estava elaborando um plano de retaliação para o caso de Israel atacar primeiro. As declarações iranianas foram uma resposta ao debate no Ocidente sobre uma possível ação militar para conter o programa nuclear do país.
"Já declarei várias vezes que tenho esperanças de que possamos convencer o regime iraniano de desistir das ambições de desenvolver um programa de armas atômicas, e de fazer isso pacificamente", disse Bush a jornalistas na Casa Branca.
Bush disse levar as ameaças iranianas contra Israel "muito a sério" e acrescentou: "Israel é nosso aliado firme e forte."
O ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, causou comoção no fim de semana ao falar na possibilidade de uma guerra. Depois, afirmou que as declarações eram mais uma advertência contra a ação militar.
Os EUA e outros países ocidentais acreditam que o Irã está tentando desenvolver armas nucleares sob a fachada de um programa de energia atômica. O Irã nega.
O presidente norte-americano, que na semana que vem participará da Assembléia Geral da ONU, em Nova York, disse que vai reforçar a pressão por sanções econômicas contra o Irã nas negociações com os membros do Conselho de Segurança.
"Acho que é imperativo que continuemos trabalhando de forma multilateral para mandar o recado. E um lugar para fazer isso é na ONU."
Pode ser que Bush encontre resistência à imposição de novas sanções. O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, questionou esta semana se sanções resolverão o problema. "A grande pergunta é se devemos nos precipitar para adotar novas resoluções com sanções", disse ele.
Bush também apoiou a decisão das autoridades nova-iorquinas de negar o pedido do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para visitar o local dos ataques de 11 de setembro de 2001.
"Eu entendo por que eles não quereriam uma pessoa que governa um país que patrocina terrorismo ali", disse Bush.
Nenhum comentário:
Postar um comentário