da Agência Brasil
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu hoje o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle de gastos com o cartão corporativo do governo. Ele sugeriu ainda que uma equipe do próprio governo verifique dados inconsistentes ou atípicos nos gastos com o cartão antes dessas informações serem publicadas no Portão da Transparência.
"Nós precisamos é melhorar ainda mais o controle, além de colocar na internet, melhorar os nossos mecanismos de verificação, cada repartição rever suas práticas", disse ele em entrevista para emissoras de rádio parceiras da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
Bernardo confirmou que o governo está estudando medidas para substituir o uso do cartão corporativo pelos ministros. Uma das ferramentas em análise é a criação das diárias de viagem para deslocamentos em território nacional.
"A diária tem a vantagem que não dá fofoca. Mas, por outro lado, se o servidor não gasta tudo o que recebeu, fica com o dinheiro, não precisa prestar contas. Tem também a questão da diária --que hoje existe para servidores-- ser pequena. Então, é uma situação que tem que ser resolvida, nunca você consegue ter a solução ideal", disse.
Ontem à noite, Bernardo afirmou que governo pretende implementar um mecanismo para divulgar os gastos com saques efetuados por meio dos cartões corporativos. Segundo Bernardo, a idéia é disponibilizar no Portal da Transparência a comprovação dos saques, inclusive com a divulgação das notas fiscais referentes aos valores retirados em espécie.
"Estamos providenciando uma alteração no sistema. Quem faz o saque, terá que apresentar as notas. Quando a pessoa saca, não quer dizer que não tem que prestar contas no próprio sistema", disse o ministro ao chegar para a festa em comemoração dos 28 anos do PT, em Brasília.
FHC x Lula
Bernardo afirmou ainda que os gastos com o cartão corporativo são menores hoje do que em 2002 --na gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. "Além de melhorar qualidade com transparência, nós estamos gastando menos. Nós gastamos, em 2007, R$ 50 milhões menos do que em 2002", afirmou o ministro referindo-se ao fato de o governo FHC ter usado um total de R$ 233 milhões em pagamento de despesas emergenciais, sendo R$ 229 milhões de contas de suprimento de fundos, as chamadas contas tipo B.
Em 2007, os gastos foram de R$ 177 milhões, o que representa, segundo o ministro, 0,03% das despesas totais do governo.
Bernardo acredita que o governo gastará em 2008 até R$ 40 milhões a menos com os cartões corporativos. A explicação é que em 2007 as necessidades de gastos foram maiores devido ao envio da Força de Segurança Nacional e pessoal de apoio aos Jogos Pan-Americanos e também em função da realização dos censos rural, em 6,5 milhões de propriedades, e domiciliar, em municípios com menos de 170 mil habitantes, feitos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com Folha Online
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