terça-feira, 4 de setembro de 2007

Política britânica no Iraque é idêntica a americana, diz Brown

Premiê britânico defende compromisso com segurança iraquiana e justifica retirada de militares de Basra






Agências internacionais






AP






Premiê britânico defendeu a retirada dos soldados de Basra






LONDRES - O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, assegurou nesta terça-feira, 4, que sua política no Iraque é "exatamente a mesma" que a do presidente americano, George W. Bush. "Estamos exatamente no mesmo caminho", assegurou o líder trabalhista em sua primeira entrevista coletiva mensal após suas férias.






Os EUA justificam que fazem o possível para que o povo iraquiano possa assumir a responsabilidade por sua própria segurança.






"Continuaremos cumprindo nossas obrigações com o povo iraquiano, apoiando sua democracia e cumprindo nossas obrigações com a comunidade internacional", assegurou Brown, um dia depois de as tropas britânicas terem completado a retirada de seu quartel-general na cidade de Basra.






Para o primeiro-ministro do Reino Unido, o "nível de violência em Basra foi reduzido" nas últimas semanas, e o fato de a retirada do palácio de Basra ter ocorrido de forma "ordenada" é um reflexo da melhora da segurança na área, o que permite o trabalho de reconstrução econômica.






Os cerca de 550 soldados que ocupavam um antigo palácio de Saddam Hussein em Basra, se juntaram a outros cinco mil militares britânicos no aeroporto de Basra, cerca de 20 quilômetros a oeste da cidade.






"O que aconteceu ontem em Basra foi uma operação planejada e organizada com antecipação. Foi anunciada há meses", acrescentou Brown, que insistiu no objetivo britânico de ir assumindo um trabalho de "supervisão" no território árabe.






"O último objetivo de nossa política foi transferir a responsabilidade de nossas tropas às Forças de Segurança iraquianas", comentou o líder trabalhista, reafirmando, no entanto, que "isso não ocorreu ainda em Basra".






"Teremos que tomar uma nova decisão sobre se passamos de uma posição de combate a uma posição de supervisão em Basra. Essa decisão será adotada em conjunto com nossos aliados e, certamente, com o governo iraquiano", completou.






Redução de tropas






Bush, que visitou nesta segunda-feira Iraque de surpresa, anunciou, após abandonar o país, uma possível redução das tropas americanas no território árabe.






Uma semana antes de membros do governo testemunharem diante do Congresso a respeito da situação do país árabe, Bush se reuniu com autoridades da área de segurança em um "conselho de guerra" dentro de uma base militar do Iraque.






Bush viajou secretamente, acompanhado da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e de Steven Hadley, conselheiro nacional para a área de segurança dos EUA. O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, chegou em um outro vôo.






Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono, afirmou que Bush, Rice e Gates se reuniriam com os principais comandantes das forças americanas no Iraque, com dirigentes iraquianos (entre os quais Maliki) e com líderes tribais de Anbar.






Antes considerada problemática, a província é citada hoje pelos americanos como uma história de sucesso da recente ampliação no número de soldados americanos enviados ao país.

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