Por AE
Agência Estado As taxas de juros fecharam em baixa hoje no mercado futuro, no primeiro pregão após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. Mas os juros futuros recuaram de forma tímida nos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), refletindo, por um lado, o placar unânime do Copom na decisão pelo corte de 0,25 ponto na Selic - o que em tese deixa aberta a possibilidade de nova queda do juro em outubro - e, por outro, a persistência das dúvidas sobre outra redução.
A ata do Copom, com divulgação prevista para a próxima semana, deve contribuir para a redução das dúvidas relacionadas ao próximo movimento na política monetária na reunião em outubro. A combinação formada por placar unânime de votação e inflação mais elevada dividiu as projeções dos estrategistas para o próximo passo do comitê do BC, sendo que até mesmo os analistas que prevêem pelo menos mais um corte da Selic neste ano reconhecem que as chances de uma redução da taxa são menores à frente.
Em outra frente, a da inflação, o resultado do IPCA de agosto, divulgado esta manhã, manteve o mercado de juros em estado de alerta. Embora o índice do IBGE tenha ficado dentro das expectativas (a taxa subiu 0,47% em agosto, ante projeções que variavam entre 0,40% e 0,53%), as medidas de núcleo pioraram (o núcleo da inflação descarta as variações de preços mais fortes).
Diante dessas condições e dúvidas, houve um movimento forte no mercado de ajuste de posições. Muitos investidores aproveitaram os prêmios para aplicar, sustentando a aposta de que pode haver um novo corte da Selic em outubro. Outros, no entanto, decidiram realizar lucros ou zerar posição. O contrato de DI de janeiro de 2009 fechou a sessão na BM&F em 11,55% ao ano, ante 11,57% da véspera. O DI de janeiro de 2010 recuou para 11,83% (11,85% ontem).
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