domingo, 22 de julho de 2007

Papa denuncia guerras e pede condenação à corrida armamentista


Da France Presse





Antonio Calanni/AP
Papa cita antecessor Bento XV na luta contra a guerra





O papa Bento XVI condenou com veemência neste domingo as guerras que 'se opõem ao desígnio de Deus' e pediu aos povos que rejeitem com determinação a corrida armamentista. "A guerra, com (suas conseqüências) de dores e destruições, é desde sempre considerada uma calamidade que se opõe ao desígnio de Deus, que (...) deseja fazer do gênero humano uma família", disse o Papa na oração do Angelus em Lorenzago di Cadore (norte da Itália), onde passa férias.




Segundo o pontífice, logo que entrou em férias, passou a sentir de maneira 'ainda mais intensa o doloroso impacto das informações sobre os conflitos sangrentos e os episódios de violência que ocorrem em muitas partes do mundo.'




"Se os homens vivessem em paz com Deus e entre eles, a terra se pareceria de verdade com um paraíso. O pecado danou desgraçadamente esse projeto divino. Ocorre que os homens cedem à tentação do diabo e fazem a guerra entre eles", lamentou.




Bento XVI apareceu com o rosto bronzeado e em boa forma física. O Papa mencionou o antecessor Bento XV que, no dia 1º de agosto de 1917, quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, pediu às potências beligerantes que pusessem fim ao conflito, classificando a guerra como 'inútil matança'.




Cerca de seis mil fiéis assistiram ao Angelus do Papa, celebrado em um povoado que durante os meses de inverno fica com uma população média de apenas 600 habitantes.

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