quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Yahoo analisa como 'driblar' oferta da Microsoft, diz diretor

Afirmação foi feita pelo diretor-executivo do Yahoo em e-mail aos funcionários.



Fontes próximas ao caso dizem que empresa pode tentar aliança com o Google.






Do G1, em São Paulo, com agências



Jerry Yang, diretor-executivo do Yahoo, afirmou a seus funcionários nesta quarta-feira (6) que a companhia examina maneiras de evitar que a Microsoft assuma o comando da companhia. “Nossa diretoria está avaliando cuidadosamente algumas alternativas estratégicas desse complexo cenário”, escreveu Yan em um e-mail, segundo a agência de notícias Associated Press.



Ele enfatizou em seu texto que nenhuma decisão foi tomada em relação à proposta da Microsoft, que quer comprar o Yahoo por US$ 44,6 bilhões (o equivalente a US$ 31 por ação). Yang não quis estabelecer um prazo para a empresa dar uma resposta à Microsoft, afirmando que a diretoria “vai demorar o tempo que for preciso tomar a decisão certa”.



Fontes próximas ao caso dizem ainda que o Yahoo pode considerar uma aliança de negócios com seu rival de buscas na internet, o Google, como forma de rejeitar a oferta da Microsoft. A administração do Yahoo está considerando retomar negociações com o Google tidas há meses para uma aliança, como uma alternativa à proposta de compra da Microsoft.



De acordo com duas fontes, o Yahoo avalia que a oferta da Microsoft deprecia a companhia. No entanto, o Google provavelmente não conseguiria a aprovação de órgãos antitruste, segundo disseram analistas de Wall Stret.



Cortes


O e-mail de Yang, encaminhado para a Securities and Exchange Comission, órgão que fiscaliza o mercado de capitais dos Estados Unidos, tentava animar os funcionários do Yahoo. Muitos deles podem perder seus empregos nos próximos meses, de uma maneira ou de outra -- a empresa planeja um corte de 1 mil pessoas entre seus 14,3 mil funcionários.



O número de demitidos pode ser ainda maior se a Microsoft assumir o controle, porque haveria um corte de cerca de US$ 1 bilhão nas despesas. Com isso, estima o analista George Askew, do grupo financeiro Stifel Nicolaus, cerca de 4,5 mil pessoas poderiam ser mandadas embora.



“Temos muitas razões para nos empolgar e ainda devemos esperar boas notícias”, escreveu Yang em seu e-mail. No texto, ele citou um serviço de música on-line anunciado pelo Yahoo no começo da semana e também os novos produtos que devem ser divulgados em um evento na Espanha, na próxima semana.



Oferta


O preço das ações do Yahoo está 6,5% abaixo da proposta não-oficial da Microsoft, mas alguns analistas de Wall Street esperam que a gigante do software aumente sua oferta de aquisição da companhia de internet.



A banco de investimento UBS estima que as ações do Yahoo estejam acima dos US$ 31 oferecidos pela Microsoft (mais precisamente, US$ 34) e o Citi afirmou que um aumento da proposta da Microsoft é o cenário mais provável entre os cinco considerados como possíveis desfechos para a disputa.



De acordo com o UBS, a Microsoft "fará o que for necessário para realizar o negócio". "Em um negócio hostil, o comprador geralmente não começa com sua melhor e última oferta e nós não ficaríamos surpresos se a Microsoft aumentar o valor para facilitar a decisão da diretoria do Yahoo", afirmou o banco de investimento em nota.




* Com as agências Associated Press, Reuters e France Presse



http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios

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