segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Lula passeia de barco no Guarujá

Tribuna Digital





SÃO PAULO - O tempo encoberto não intimidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aproveitou o domingo de Carnaval para deixar o forte dos Andradas e dar um passeio de lancha próximo à praia do Guaiuba, no Guarujá, por volta das 17h30m. O presidente, acompanhado pela primeira-dama, Marisa Letícia, e por alguns convidados, aproveitou para conferir o cenário da região, escoltado por dois botes da Marinha.




À exceção deste episódio isolado, a permanência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Guarujá corre conforme o planejado. Paz, calmaria e muita privacidade, garantidas pela guarda permanente de quatro soldados e dois policiais militares na portaria do Forte dos Andradas, no Guaiúba. Apenas veículos autorizados e moradores da vila militar, no sopé do Morro do Monduba, tinham trânsito livre no local.




Com o espaço aéreo e acessos marítimos interditados, a fortaleza fez jus ao nome e protegeu o presidente, pelo segundo dia consecutivo, de qualquer contato com populares e jornalistas.




Pelo menos duas pessoas procuraram especificamente por Lula nas últimas horas. Uma delas foi seu irmão por parte de pai, o marítimo Germano Inácio da Silva, morador do Pae Cará, em Vicente de Carvalho. Germano teria aparecido rapidamente, por volta das 22h30 de sábado, dizendo que apenas queria agradecer ao irmão, porém, acabou não sendo recebido. Em janeiro do ano passado, o marítimo procurou Lula para pedir um ''emprego digno'', o que não obteve.




Outro que voltou a procurar Lula foi o corretor de imóveis Orlando Lovecchio Filho. Pela segunda vez, ele deixou com os soldados na porta do Forte uma carta pedindo uma pensão vitalícia equivalente à aposentadoria de um piloto comercial, a título de reparação indenizatória para anistiados políticos.




Hoje com 62 anos, Lovecchio Filho, foi vítima de um atentado a bomba ao prédio do Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo, na época da Revolução de 1964. Recém-formado no curso de pilotos, ele perdeu um pedaço da perna e hoje necessita de uma prótese para poder caminhar.




- Fiquei detido 24 horas acusado de ser um dos mandantes. Quero os mesmos direitos que os 15 mil anistiados políticos no Brasil têm - reivindica.




O único benefício Lovecchio Filho goza desde 2004, segundo ele próprio, é uma pensão alimentícia, destinada a anistiados, de R$ 500,00 por mês. Desde então ele procura o Governo Federal.




- Já recebi duas respostas, daquelas padronizadas, informando que meu caso está sendo analisado pelo Ministério da Justiça . Estou sendo vítima da omissão do Governo, mas sou brasileiro, não desisto, nunca - diz.



http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/02/04/lula

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