quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Azarão republicano, Huckabee continua na disputa nos EUA Plantão | Publicada em 06/02/2008 às 09h18m

Reuters/Brasil Online



Por Ed Stoddard




DALLAS, Estados Unidos (Reuters) - Tocando guitarra ou fazendo piadas, o pastor batista Mike Huckabee manteve-se na disputa republicana depois das importantes votações de terça-feira, credenciando-se assim para uma possível candidatura a vice-presidente dos Estados Unidos.




O ex-governador do Arkansas continua atrás dos rivais John McCain e Mitt Romney em número de delegados eleitos, mas teve um desempenho acima do previsto na "superterça", graças ao apoio dos evangélicos sulistas.




"Ainda estamos (na disputa), dizemos isso há muito tempo", afirmou Huckabee na noite de terça-feira à rede CNN.




Analistas dizem, porém, que só um milagre lhe permitirá ser o candidato do Partido Republicano, embora isso não signifique necessariamente uma derrota.




Para David Domke, professor de Comunicação da Universidade de Washington, Huckabee deve ficar na disputa para representar uma ala socialmente conservadora do partido, que pode recompensá-lo fazendo pressão para que ele seja candidato a vice.




Blogs conservadores vêm promovendo a idéia de que ele poderia ser companheiro de chapa do favorito John McCain, a quem emprestaria suas credenciais conservadoras - McCain é considerado centrista demais por alguns setores.




Na terça-feira, a campanha de Romney acusou Huckabee e McCain de terem se aliado em uma manobra na Virgínia Ocidental, o que permitiu que o pastor vencesse a convenção estadual no segundo turno da votação, com apoio dos eleitores de McCain.




"McCain é um pouco mais moderado do que Huckabee poderia ser em algumas questões, mas acho que ter Huckabee como vice atrairia o voto evangélico", disse o pastor batista Doug Wixson, 36 anos, em Pampa (Texas).




McCain incomoda conservadores evangélicos por não ser contrário à união civil de homossexuais e por defender a legalização de imigrantes clandestinos.




James Dobson, o influente fundador do grupo evangélico Foco na Família, disse na terça-feira que, se McCain for o candidato republicano, ele não pretende votar na eleição presidencial de 4 de novembro - e pedirá a seus seguidores que façam o mesmo.




"Caso o senador McCain consiga a indicação, como muitos imaginam, acredito que esta eleição geral vai oferecer as piores escolhas para presidente em minha vida. Simplesmente não darei um voto para presidente pela primeira vez na minha vida", afirmou Dobson.




Os evangélicos representam um quinto da população dos EUA e mais de um terço do eleitorado republicano, o que lhes dá grande influência em um país onde religião e política muitas vezes se misturam.



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