sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Gol leva um ano para indenizar 32 famílias afetadas por acidente


da Folha Online


Em quase um ano, a Gol indenizou apenas 32 famílias afetadas pelo acidente que matou 154 pessoas em 29 de setembro de 2006, em Mato Grosso. O balanço das ações adotadas pela empresa aérea nos últimos meses foi divulgado nesta sexta-feira, um dia antes de a tragédia completar um ano. De acordo com a Gol, todas as indenizações pagas asseguram aos 82 beneficiados a mesma renda que a vítima tinha quando morreu.


No sábado, parentes das pessoas mortos irão sobrevoar a região da queda em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Outro grupo irá participar de uma cerimônia oferecida pela Gol no Jardim Botânico de Brasília (DF). O translado será por conta da empresa.


O acidente com o vôo 1907 ocorreu no final da tarde. O avião seguia de Manaus (AM) para o Rio, com escala em Brasília (DF), quando bateu em um Legacy da empresa de taxi aéreo dos Estados Unidos ExcelAire. Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT). Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA).


Com o aniversário de um ano da tragédia, as 210 pessoas que utilizavam um plano de saúde pago pela Gol perdem seu direito à assistência. Pelo próximo ano, elas contarão apenas com assistência psicológica.


Na nota divulgada hoje, a Gol ressaltou as providências adotadas pouco após o acidente --o envio de assistentes sociais às cidades de origem dos mortos; o fornecimento de alimentação e hospedagem aos parentes em Brasília; e a abertura de um site e de um número de telefone direto para o contato entre as famílias e a empresa.


O comunicado afirma ainda que a Gol "não descuidou de suas responsabilidades em relação aos destroços da aeronave, que permanecem no local da queda".


"Um laudo preliminar encomendado pela Companhia apontou que não há possibilidade de contaminação do ar e do solo pelo combustível do avião, mas, como as peças continuam na superfície, espalhadas por centenas de metros ao redor da clareira principal, a companhia avalia a viabilidade de enterrá-las", afirmou.

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