RIO DE JANEIRO (Reuters) - Doze pessoas foram presas nesta quarta-feira no Rio de Janeiro sob acusação de envolvimento com jogo do bicho, informou a Polícia Federal. As prisões fazem parte da quarta fase da Operação Furacão da PF, que investiga lavagem de dinheiro.
Entre os presos estão Ailton Guimarães Jorge, ex-presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio; Aniz Abrahão David, ligado à Beija-Flor; e Antonio Petrus Kalil, da Viradouro. Este último vai cumprir prisão domiciliar por ter 82 anos e problemas de saúde.
"Essas pessoas cometiam atividades ilícitas que geravam dinheiro e para tornar o dinheiro legal eles lavavam dinheiro. Eles aferiram bens e dinheiro de forma ilegal", disse o superintendente da PF do Rio, Valdinho Jacinto Caetano, em entrevista coletiva.
Os acusados foram presos temporariamente durante a operação iniciada nesta manhã, que envolveu 100 homens da PF do Rio de Janeiro e de Brasília. Três estão foragidos.
Segundo a PF, eles já tinham sido detidos em fases anteriores da operação, mas libertados por decisões da Justiça. O acusado Marcelo Kalil, sobrinho de Antonio, foi preso pela primeira vez, embora estivesse foragido desde a primeira operação, em abril.
"Pode haver uma dificuldade adicional no fato de a polícia prender e a Justiça depois determinar a soltura", acrescentou Caetano.
A primeira fase da Operação Furacão ocorreu em abril e foi deflagrada contra o jogo ilegal. Entre os detidos estavam personalidades do Carnaval do Rio, autoridades da própria Polícia Federal e o desembargador José Eduardo Carreira Alvim, ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2a Região.
Outros dois desembargadores também foram presos pela PF em meio àquela operação.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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