Agencia Estado
O incêndio que consume grandes áreas florestais do sul da Grécia continua se aproximando dos sítios arqueológicos de Olímpia, berço dos Jogos Olímpicos. Já foram confirmadas 57 mortes no que já está sendo chamando de maior incêndio no país em décadas. Vilas inteiras foram destruídas em sua passagem. O número de vítimas fatais pode ser maior à medida que novos focos estão surgindo e os ventos fortes estão atiçando o fogo e aproximando-o de mais vilas e cidades.
A mídia local afirma que muitas pessoas foram feridas e mortas pelo incêndio no domingo mas as autoridades não têm condições de confirmar estas informações. A Grécia já declarou estado de emergência depois de três dias de fogo.
Pelo mar e pela terra, autoridades evacuaram centenas de pessoas que ficaram presas em vilas, hotéis e resorts. O incêndio ainda não controlado se aproxima da entrada da antiga vila de Olímpia, que possui cerca de 2.800 anos de idade. A polícia bloqueou estradas e aviões de combate a incêndios sobrevoam a região.
Ameaça ao sítio arqueológico
"Os ventos estão tão fortes que eu não sei se o sistema contra incêndio do sítio irá deter o fogo", disse Costas Sofianos, prefeito de Olímpia. Apesar do sistema ter sido ativado, parte dele não está funcionando. Os bombeiros informaram que algumas árvores do sítio arqueológico já foram queimadas mas que o museu estava seguro, protegido por cinco caminhões especiais. O antigo estádio e outros monumentos históricos também não foram afetados. O Ministério da Cultura da Grécia afirmou que "todos os meios estão sendo utilizados" para salvar a região e que o exército já foi convocado para criar uma área sem árvores que detenha o incêndio.
As pessoas continuam fugindo em pânico das chamas. Na madrugada desde domingo, os sinos da igreja da vila de Kolyri tocaram, avisando os moradores para fugir no meio da noite. O fogo cobriu dois quilômetros em três minutos, segundo testemunhas, e quando os moradores voltaram, pelo menos sete casas haviam sito destruídas.
Focos do incêndio
A maior parte dos focos de incêndio - já foram registrados 42 focos expressivos - está concentrada nas montanhas do Peloponeso no sul da Grécia e na ilha de Évia, no norte de Atenas. Na ilha de Évia, cinco mortes foram confirmadas. No sudoeste do Peloponeso, as chamas estavam a três quilômetros do antigo Templo de Apolo, de 2.500 anos de idade. A região mais afetada pelo fogo foi a cidade de Zaharo, no sul de Olímpia, onde a fumaça escura que bloqueou o sol, podia ser vista por 100 quilômetros. Nesta região, foram encontradas a maior parte das vítimas fatais.
Em alguns casos, os focos foram feitos deliberadamente e sete pessoas já foram presas. Pelo menos 12 países estão enviando reforços e seis aviões especiais no combate de incêndios foram enviados pela França e Itália. O governo anunciou, domingo, que irá oferecer até US$ 13,6 mil para as pessoas que perderam parentes ou propriedades no fogo.
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