terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Investigação complica Lobão Filho

O suplente de senador Edison Lobão Filho (DEM-MA), cuja participação em esquema de sonegação foi revelada por reportagem de VEJA desta semana, pode estar implicado em falcatruas ainda mais graves. Não bastasse ter usado uma empregada doméstica como laranja para fugir de dívidas milionárias e limpar o seu nome – como ele mesmo admitiu a VEJA –, Lobão Filho é investigado pelo Ministério Público do Maranhão por conta de uma outra suspeita: ele seria o sócio oculto de uma distribuidora de bebidas responsável por comandar uma verdadeira rede de sonegação de impostos no estado, a Itumar.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, a suspeita de envolvimento de Lobão Filho surgiu quando a Promotoria, já sabendo da tal rede de sonegação, descobriu que o procurador da Itumar era o empresário Marco Antonio Costa. Costa, segundo o próprio Lobão Filho, é seu "verdadeiro sócio" em outra distribuidora de bebidas, a Bemar – a mesma que apareceu em nome da doméstica quando se afundou em dívidas.

Ora, pensou o Ministério Público maranhense: se os dois eram sócios na Bemar, é melhor investigar se mantinham alguma parceria também na Itumar. A suspeita ganhou contornos concretos quando a Promotoria descobriu que a Itumar funcionava no mesmo endereço da Bemar, em São Luís (MA).

A mãe do sócio - A coisa fica pior. Segundo Lobão Filho, as ações da problemática Bemar não foram transferidas (de maneira fraudulenta, diga-se de passagem) apenas para a doméstica Maria Lúcia Martins, como VEJA revelou. À Folha, ele disse que uma outra cota pertence a uma senhora de 79 anos chamada Maria Vicentina Pires Costa – mãe do empresário e sócio de Lobão Filho, Marco Antonio Costa. Essa mesma senhora, de acordo com a Junta Comercial do Maranhão, também é a dona da Itumar – possui 99,17% do capital da empresa.

Por essas evidências, Lobão Filho talvez precise se apressar em arranjar explicações convincentes sobre seu envolvimento com as distribuidoras de bebida – de preferência antes de assumir a vaga do pai no Senado, o futuro ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Segundo a Promotoria, a Itumar comandava uma rede de 205 empresas que sonegaram 42 milhões de reais em impostos desde 2000. O inquérito que investiga o caso está parado, devido a uma liminar conseguida pela companhia junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão.

do site:

http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.
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tCode=135800&currentDate=1200390420000


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