da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, se queixou nesta terça-feira durante visita à Riad, na Arábia Saudita, dos altos preços do petróleo, e afirmou que discutiu a questão com o rei Abdullah. Recentemente, o petróleo chegou a US$ 100 [R$ 173] o barril.
"Os preços do petróleo estão muito altos, o que é duro para nossa economia", disse Bush, pouco antes de participar de uma mesa-redonda com empresários na embaixada dos EUA.
A questão do petróleo já havia sido levantada por Bush anteriormente durante sua visita de oito dias à região. Ele pressiona pelo uso de combustíveis e fontes de energia alternativos.
Também nesta terça-feira, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, separou-se de Bush durante o giro pelo Oriente Médio e seguiu para uma visita-surpresa a Bagdá, onde deveria se reunir com o premiê iraquiano, Nouri al Maliki. No encontro, ela deveria pressionar o governo iraquiano por mais progresso e pela reconciliação entre diversos grupos políticos.
Rice já estava a caminho do Iraque quando sua viagem foi anunciada, enquanto Bush manteve a agenda prevista em Riad. Antes mesmo de deixar Washington, especulava-se que o presidente ou alguém de sua equipe deveria ir até o Iraque durante o giro pela região.
A Arábia Saudita detém as maiores reservas de petróleo do mundo, e o aumento dos custos do combustível prejudica a economia americana, onde a gasolina subiu para US$ 3 o galão.
Também hoje, Bush visitou o Palácio al Murabba, o Museu de História Nacional e a fazenda Al Janadriyah, pertencente ao rei Abdullah. Quando esteve nos EUA, o rei --que na época era príncipe herdeiro-- também esteve no rancho de Crawford (Texas), pertencente a Bush.
Abdullah ainda presenteou Bush com um medalhão de ouro cravejado de pedras brancas e verdes, e ambos ressaltaram, durante a visita, seus fortes vínculos pessoais.
"O mínimo que podemos fazer é sermos hospitaleiros, em nome do rei Abdul Aziz, fundador do reino da Arábia Saudita", afirmou Abdullah.
Apesar da hospitalidade demonstrada pelo rei, Bush é impopular entre os sauditas, principalmente devido à Guerra do Iraque a ao apoio americano a Israel.
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