terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Em resposta a Chávez, Uribe mantém opinião sobre as Farc

Presidente colombiano considera grupo de guerrilheiros como terroristas.
Hugo Chávez pede apoio de 'governos do mundo' para conflito com as Farc.



Da France Presse

Foto: Moisés Castillo/AP
Moisés Castillo/AP

Hugo Chávez acena ao chegar na cidade da Guatemala, nesta segunda-feira (14) (Foto: Moisés Castillo/AP)

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, afirmou na segunda-feira à noite (14) na Guatemala que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são terroristas, em resposta à recente proposta do colega venezuelano, Hugo Chávez, de que o grupo não seja mais considerado dessa maneira.


"No momento que avance a paz, seria o primeiro que deixaria de chamá-las de terroristas e o primeiro que pediria ao mundo, que como uma contribuição à paz, deixasse de chamá-las de terroristas", disse Uribe. "O humanitário não pode excluir a segurança", completou o presidente colombiano.


Em resposta à proposta de Chávez de excluir da lista de grupos terroristas as guerrilhas colombianas, Uribe recordou que tanto a ONU como a Organização dos Estados Americanos (OEA) os consideram terroristas, assim como a União Européia e o governo brasileiro.


"Seqüestram, recrutam e maltratam a menores, atentam contra mulheres grávidas, contra idosos (...) lançam bombas contra a população civil", disse Uribe, que recordou o fato do tráfico de drogas ser o "principal sustento de sua atividade violenta."

No domingo (13), as Farc voltaram a seqüestrar seis turistas na costa pacífica colombiana (veja vídeo ao lado), recordou, depois de terem libertado duas reféns - Clara Rojas e Consuelo González - que permaneceram seqüestradas por mais de cinco anos.

Hugo Chávez pede ajuda


Também na Guatemala, Chávez pediu o apoio de "todos os governos do mundo" na libertação das centenas de reféns das (Farc).


"Eu peço ajuda aos governos da América Latina, a todos os governos do mundo, para que libertemos todos (os reféns), os colombianos, os americanos...", disse Chávez em uma improvisada entrevista coletiva concedida em sua chegada a um hotel da capital guatemalteca.


As Farc querem trocar 44 reféns por cerca de 500 rebeldes presos, mas o Governo do presidente Álvaro Uribe insiste para que a guerrilha liberte os mais de 700 seqüestrados que têm em seu poder.


O governante venezuelano disse que seu principal objetivo na mediação para a libertação dos reféns das Farc é fazer "os atores da guerra na Colômbia se sentarem para falar de paz".


Há 20 anos, lembrou Chávez, "eu andei por aqui, pela Guatemala, e havia uma guerra muito dura (...). Hoje, a Guatemala goza de paz".


"Por que isso ocorreu aqui e não pode acontecer na Colômbia?", perguntou.


"O que ando fazendo é elaborar propostas, idéias fundamentadas na criatividade e na boa-fé, para abrir o caminho para a paz na Colômbia", ressaltou o presidente venezuelano, que evitou falar sobre o pedido que fez sexta-feira para a retirada das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN) das listas de organizações terroristas.


do site:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL259791-5602,00-EM+RESPOSTA
+A+CHAVEZ+URIBE+MANTEM+OPINIAO+SOBRE+AS+FARC.html

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