Presidente colombiano considera grupo de guerrilheiros como terroristas.
Hugo Chávez pede apoio de 'governos do mundo' para conflito com as Farc.
Moisés Castillo/AP
Hugo Chávez acena ao chegar na cidade da Guatemala, nesta segunda-feira (14) (Foto: Moisés Castillo/AP)
O presidente colombiano, Alvaro Uribe, afirmou na segunda-feira à noite (14) na Guatemala que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são terroristas, em resposta à recente proposta do colega venezuelano, Hugo Chávez, de que o grupo não seja mais considerado dessa maneira.
"No momento que avance a paz, seria o primeiro que deixaria de chamá-las de terroristas e o primeiro que pediria ao mundo, que como uma contribuição à paz, deixasse de chamá-las de terroristas", disse Uribe. "O humanitário não pode excluir a segurança", completou o presidente colombiano.
Em resposta à proposta de Chávez de excluir da lista de grupos terroristas as guerrilhas colombianas, Uribe recordou que tanto a ONU como a Organização dos Estados Americanos (OEA) os consideram terroristas, assim como a União Européia e o governo brasileiro.
"Seqüestram, recrutam e maltratam a menores, atentam contra mulheres grávidas, contra idosos (...) lançam bombas contra a população civil", disse Uribe, que recordou o fato do tráfico de drogas ser o "principal sustento de sua atividade violenta."
No domingo (13), as Farc voltaram a seqüestrar seis turistas na costa pacífica colombiana (veja vídeo ao lado), recordou, depois de terem libertado duas reféns - Clara Rojas e Consuelo González - que permaneceram seqüestradas por mais de cinco anos.
Hugo Chávez pede ajuda
Também na Guatemala, Chávez pediu o apoio de "todos os governos do mundo" na libertação das centenas de reféns das (Farc).
"Eu peço ajuda aos governos da América Latina, a todos os governos do mundo, para que libertemos todos (os reféns), os colombianos, os americanos...", disse Chávez em uma improvisada entrevista coletiva concedida em sua chegada a um hotel da capital guatemalteca.
As Farc querem trocar 44 reféns por cerca de 500 rebeldes presos, mas o Governo do presidente Álvaro Uribe insiste para que a guerrilha liberte os mais de 700 seqüestrados que têm em seu poder.
O governante venezuelano disse que seu principal objetivo na mediação para a libertação dos reféns das Farc é fazer "os atores da guerra na Colômbia se sentarem para falar de paz".
Há 20 anos, lembrou Chávez, "eu andei por aqui, pela Guatemala, e havia uma guerra muito dura (...). Hoje, a Guatemala goza de paz".
"Por que isso ocorreu aqui e não pode acontecer na Colômbia?", perguntou.
"O que ando fazendo é elaborar propostas, idéias fundamentadas na criatividade e na boa-fé, para abrir o caminho para a paz na Colômbia", ressaltou o presidente venezuelano, que evitou falar sobre o pedido que fez sexta-feira para a retirada das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN) das listas de organizações terroristas.
do site:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL259791-5602,00-EM+RESPOSTA
+A+CHAVEZ+URIBE+MANTEM+OPINIAO+SOBRE+AS+FARC.html
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