sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ataque israelense em Gaza destrói prédio do Ministério do Interior

da Folha Online

Um ataque aéreo israelense na faixa de Gaza nesta sexta-feira destruiu um prédio do Ministério do Interior, matou uma mulher e deixou ao menos 30 pessoas feridas, afirmaram fontes médicas.

Essa foi a primeira vez que Israel atacou diretamente a infra-estrutura do governo desde que o grupo radical islâmico Hamas tomou o controle do território, em junho passado.

No momento do ataque, o prédio estava vazio, mas a explosão provocou grande impacto nas zona residencial dos arredores.

Segundo um porta-voz militar israelense, o ataque, contra o que chamou de "quartel-general do Hamas" faz parte da campanha contra o lançamento de foguetes a partir de Gaza contra o sul de Israel.

Desde segunda-feira (14), incursões militares israelenses em Gaza mataram ao menos 30 palestinos.

Nesta quinta-feira (17), o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert disse que as operações em território palestino prosseguirão enquanto os ativistas do Hamas continuarem a lançar foguetes contra o país.

De acordo com ele, as Forças de Defesa israelenses pretendem evitar que residentes da faixa de Gaza morram.

"Não temos especial desejo de matar residentes de Gaza, mas não vamos tolerar os disparos sem fim de foguetes contra cidadãos israelenses", afirmou o primeiro-ministro.

Passagem fechada

O Ministério da Defesa de Israel ordenou nesta sexta-feira o bloqueio das passagens para a faixa de Gaza.

A agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Refugiados Palestinos (Unrwa) informou que a medida impede o envio de qualquer tipo de ajuda humanitária ao território.

O Ministério da Defesa, porém, afirmou que os carregamentos poderão entrar em Gaza desde que o ministro, Ehud Barak, autorize pessoalmente.

"Se falta leite em Gaza, o ministro poderá aprovar a entrada de um carregamento de leite", afirmou um porta-voz do Ministério.

Gaza possui cerca de 1,5 milhão de habitantes, sendo que a maioria depende de ajuda humanitária.

Com Associated Press, Reuters e Efe

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