Adriana Brendler Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira avançou 1,3% de abril para maio, a maior taxa registrada desde dezembro de 2005. É o oitavo mês consecutivo de resultados positivos na indústria. Os números são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).De acordo com o levantamento, os ramos de atividade que mais contribuíram para o aumento da produção industrial foram os de veículos automotores (3,7%), farmacêutica (8,3%) e máquinas e equipamentos (3,1%).
Na avaliação que considera a produção industrial pelas suas categorias de uso, o destaque foi a classe de bens de capital - itens empregados para produção nos vários pontos da cadeia econômica -, que tiveram expansão de 5,1%. Embora com menor intensidade, também houve incremento na produção de bens de consumo, tanto os duráveis como os semi e os não-duráveis.
Para o coordenador da pesquisa, Silvio Sales, os dados de maio deixam mais clara a expansão do setor industrial, que vem sendo observada desde setembro do ano passado, puxada principalmente pelos bens de capital. “É um crescimento cada vez mais generalizado, liderado pela produção de bens de capital, e esse perfil de crescimento é bem saudável para o país. Significa uma contínua ampliação da capacidade produtiva, o que abre espaço para uma capacidade de atender a um eventual aumento de demanda futura”.
Segundo Sales, uma fase semelhante de crescimento contínuo na produção da indústria foi observada somente em 2004, mas na época era calcada principalmente em bens duráveis voltados para exportação, enquanto que agora a expansão é resultado da ampliação de bens de capital para o mercado interno.
A pesquisa do IBGE também apontou crescimento de 4,9% na produção industrial em maio comparada com o mesmo período do ano passado. Nesta comparação, os segmentos com melhor desempenho foram os da indústria de máquinas e equipamentos (19%) e o de veículos automotores (10,8%).
Entre as categorias de uso, mais uma vez os bens de produção foram os que apresentaram a taxa mais elevada (19,4%), impulsionados pelos resultados dos subsetores de bens de capital para energia elétrica (24%) e para fins agrícolas (42,8%).
“O acréscimo de mais de 40% na produção de máquinas e equipamentos reflete a expectativa do setor agrícola sobre o desempenho da agricultura este ano” avaliou Sales.
Com os dados de maio, a produção industrial acumula crescimento de 4,4% em 2007. O maior impacto positivo na taxa vem da produção de máquinas e equipamentos, que registra expansão de 16,5% nos cinco primeiros meses do ano.
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