Agencia Estado
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que a operação que resultou na apreensão de mercadorias no shopping do Pari e na prisão de Law King Chong foi coordenada por ele. ?Foi uma ação da Prefeitura coordenada pelo próprio prefeito. Liguei para o superintendente da Polícia Federal, Jaber (Makul Hanna Saadi), e perguntei a ele se poderia colaborar com uma ação da Prefeitura. E,ao longo do dia, estruturei a ação junto com o secretário (de Segurança Pública) Ronaldo Marzagão e o Dr. Jaber?, disse o prefeito após vistoriar um piscinão na zona leste.
Kassab contou que ficou indignado ao saber que o chinês abriria um shopping no Pari e negou que tenha criado um factóide. ?Eu ratifico a minha indignação. As pessoas precisam entender que, na cidade de São Paulo, quem trabalha precisa pagar impostos.? Para o advogado Luiz Gustavo de Oliveira Ramos, especialista em direito administrativo, denunciar às autoridades competentes a suspeita de crimes é uma atribuição do prefeito, assim como de qualquer cidadão. Já ?comandar? a ação da polícia não é atribuição de Kassab.
O advogado Antonio de Almeida e Silva, que atua em direito empresarial, concorda. ?Coordenar a ação seria competência exclusiva da polícia e julgar o suspeito, uma atribuição da Justiça. As questões jurídicas são técnicas. Ele poderia até acompanhar a ação, como autoridade. Qualquer ato além disso seria um excesso.?
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