segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Felipe: santificado e de contrato novo


Goleiro negocia para prorrogar acordo e aumentar a multa rescisória. E nada de santo...





Marcel Rizzo Do GLOBOESPORTE.COM, em São Paulo





'São Felipe'. Depois de pegar um pênalti no segundo tempo contra o Goiás, que pode ter definido a permanência do Corinthians na Série A do Campeonato Brasileiro, foi assim que o goleiro Felipe acabou chamado em Goiânia por alguns torcedores. O apelido foi lançado também em fóruns de internet e pelo visto vai pegar. Mas o santo não quer ser chamado de santo. Ainda. Quer antes ganhar um título.




O camisa 1 corintiano, ovacionado no vôo de Goiânia a São Paulo (Timão e Goiás ficaram no 1 a 1) e na chegada ao aeropoto de Congonhas, na noite de domingo, conversou com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM no trajeto de volta à capital paulista. E fez uma revelação: deve prorrogar o seu contrato, que vence só em 2011. Por que isso? Para aumentar o salário, e conseqüentemente a multa rescisória, que hoje tem um valor baixo: R$ 1,8 milhão para o mercado interno. Não é à toa que o Fluminense já está de olho nele...




GLOBOESPORTE.COM: O que você acha de ser chamado de São Felipe? FELIPE: Os torcedores gostam de dar apelidos. Mas estou longe disso. O Marcos era chamado assim no Palmeiras, mas conquistou títulos. E acho que ainda fala um pouco para eu ser santificado. Depois de conquistar um título, quem sabe.




Mas algumas pessoas dizem que você nem pode permanecer no Corinthians em 2008, já que a multa rescisória é baixa... Já conversei com o presidente (Andrés Sanches). Meu contrato vai até 2011, mas querem dar uma aumentada e prorrogar. Isso é muito bom. Mostra o reconhecimento do trabalho.




Você recebeu realmente proposta do Fluminense? (risos) Não estou sabendo de nada disso.




A defesa do pênalti foi decisiva. Mas e se você tivesse marcado aquele gol contra o Atlético-PR? Acha que a idolatria seria ainda maior? Foi uma tentativa ali na hora, não é nada que eu pense em fazer novamente. Quase deu certo, mas deixa os gols para os atacantes mesmo. Cada um na sua.




Você imaginou que se tornaria ídolo da Fiel em tão pouco tempo? Não. Teve aquela desconfiança no início, por ter sido contratado do Bragantino, um time pequeno do interior. E faz seis meses que eu estou aqui, o que aconteceu na minha vida realmente foi impressionante. Mas é gostoso demais ser reconhecido assim.




Se o Corinthians não cair, quanto de porcentagem você terá nisso? É tudo dividido aqui. Cada um tem sua importância. Ninguém joga sozinho. O Finazzi faz os gols, alguém passou para ele, eu defendi ali atrás. É um time.




Por que você decidiu, na semana passada, ficar em silêncio? Achei melhor. Falaram que briguei com um, chutei o outro. E não teve nada disso. E fiquei calado e peguei um pênalti. Quem sabe não fico mais duas semanas sem falar agora também.




O Paulo Baier pegou forte na cobrança de pênalti, não foi? Não foi que o goleiro pegou um pênalti mal batido (risos). Um amigo meu me ligou no final de semana e disse que eu pegaria um pênalti. Não pensei que teria um pênalti, já que sempre é ruim. Mas estava preparado.




Sua mulher está grávida e você já tem um menino (Ian). Quer uma menina agora? Seria legal, é a torcida. Mas estamos felizes com a gravidez. Quem sabe não chegam gêmeos. Eu tenho irmãs gêmeas. Pode ter uma chance.




E para finalizar: vai ter que atualizar o DVD né? (o GLOBOESPORTE.COM mostrou, no sábado, que o goleiro grava suas defesas em DVDs). É, vai ter mais uma importante agora para colocar e analisar.


Do Site: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4935311766160074983


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