Foto: Globo.com
A exemplo do que ocorreu ontem, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos hoje, em função da greve dos metroviários de São Paulo. No entanto, o paulistano deve se preparar para uma sexta-feira com trânsito caótico, filas nas estações de trens e estresse para conseguir transporte em ônibus e vans lotados, especialmente nos horários de rush.
Vários órgãos que operam no sistema de transportes da Capital montaram esquemas especiais para tentar garantir o vai-e-vem das pessoas, principalmente em uma véspera de final de semana.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estima que cerca de 850 mil passageiros usaram os trens que cortam a Capital e a Grande São Paulo, entre as 4h e as 13h de quinta-feira. Em dias normais, entre 4h e meia-noite, a empresa transporta cerca de 1,5 milhão de pessoas.A frota da CPTM está no máximo. São 107 trens distribuídos em todas as linhas. O horário de maior movimento foi estendido de 5h até 9h30 - o normal vai de 5h às 8h. Para o período da tarde, a operação foi esticada até às 21h.
Nas estações Brás, Barra Funda e Santo Amaro a integração gratuita foi suspensa até o retorno da operação metroviária. Enquanto durar a greve, o Serviço de Atendimento ao Usuário (telefone 0800 055 0121) funcionará das 5h às 20h. O serviço da Ponte Orca, que opera os trechos Barra Funda – Vila Madalena e Cidade Universitária – Vila Madalena continua interrompido até o fim da paralisação metroviária.
Por dia, o Metrô transporta 3 milhões de pessoas. A companhia estima que, até as 22h, 1,2 milhão foram prejudicados. Isso porque as estações da Linha Azul (Norte-Sul) abriram. Na Linha Verde (Vila Madalena-Alto do Ipiranga), o funcionamento foi parcial. Já na Linha Vermelha (Leste-Oeste), nenhum passageiro conseguiu embarcar. Muitos usuários do sistema tiveram de usar os ônibus do plano de emergência.
Os metroviários e a direção do Metrô não chegaram a um acordo durante a audiência de conciliação ocorrida nesta tarde no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em assembléia, os grevistas decidiram manter a paralisação.
O TRT vai julgar a greve do Metrô nesta sexta (3) ou na segunda-feira (6). Os metroviários pedem pagamento imediato de R$ 1,8 mil de participação nos lucros e resultados, mas o Metrô limitou a oferta em R$ 800 - o valor seria pago em setembro. O restante, que dependeria do fechamento do balanço dos lucros da companhia, seria pago em fevereiro de 2008.
Mais problemas
Além dos prejuízos provocados pela greve dos metroviários, quem depende de transporte coletivo na Zona Leste sofre também com a paralisação dos motoristas e cobradores da Viação Himalaia.
Assim como os funcionários do Metrô, os empregados da viação estão parados desde quinta-feira (2), mas reivindicam o pagamento de horas extras que segundo eles, está atrasado. Ao todo, estão paradas 55 linhas de ônibus que circulam na Zona Leste.
A paralisação teve início às 7h35 de quinta (2) e deve se estender pelo menos até as 9h desta sexta (3), quando uma nova assembléia será realizada na porta das garagens
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