sábado, 14 de julho de 2007

Sócrates:Desfile nacional francês do 14 Julho celebrou Europa

José Sócrates, presidente em exercício da União Europeia e convidado de honra do Presidente francês para as celebrações do 14 de Julho, classificou hoje o tradicional desfile como o «desfile nacional francês em que se celebra a Europa».


«A França quis dar um sinal de integração europeia e aposta no projecto europeu», ao convidar pela primeira vez os Estados membros da UE a participarem no desfile que anualmente, nesta data, se realiza na Avenida dos Campos Elísios, em Paris, afirmou hoje o primeiro-ministro português à imprensa.


«Assinalar o espírito europeu foi um gesto muito especial, sobretudo para nós, portugueses, que estamos a presidir à União», acrescentou Sócrates.


Este ano, pela primeira vez, todos os países da União Europeia participaram no desfile para assinalar a data.


Os porta-bandeiras dos 27 desceram a Avenida dos Campos Elísios em forma de «V», seguidos pelos contingentes dos respectivos países.


À cabeça do desfile, a bandeira da União Europeia foi transportada por um oficial português do pelotão do Corpo de Fuzileiros da Marinha.


«É muito tocante ver um oficial português a transportar a bandeira europeia», comentou Sócrates.


Os presidentes das três grandes instituições europeias estiveram presentes, a convite do Chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy: José Sócrates, presidente em exercício do Conselho da UE, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, Hans-Gert Pöttering, presidente do Parlamento Europeu.


Também esteve na cerimónia o Alto Representante da UE para a política externa e de segurança, o espanhol Javier Solana.


Sócrates sublinhou ainda o «espírito europeu» de Nicolas Sarkozy, referindo-se ao apoio do Chefe de Estado francês para a rápida redacção do Tratado.


«O Presidente Sarkozy é um grande defensor deste mandato e da urgência em passar o mandato para o tratado. Isso é o mais importante. Temos de resolver isto rapidamente e ele tem-me apoiado sempre», frisou.


O desfile teve várias etapas: depois da chegada de Nicolas Sarkozy à tribuna na Praça Concorde, seguiu-se a demonstração de 60 aeronaves e o desfile a pé das tropas europeias.


Os fuzileiros portugueses surgiram numa posição cimeira, diante dos outros países.


Depois, foi a vez do regime de cavalaria da Guarda Republicana francesa, com 241 cavalos, e do desfile a motor com mais de 400 veículos e motos.


No final, trinta helicópteros fecharam a cerimónia.


As comemorações foram acompanhadas por um grande dispositivo de segurança, tendo sido mobilizados cinco mil polícias, inclusive para vigiar as estações de metro parisienses.


A Ministra do Interior, Michèlle Alliot-Marie, exigiu uma «segurança reforçada», face a potenciais ameaças terroristas.


Além da participação inédita dos 27 países europeus no desfile militar, Nicolas Sarkozy quis romper com algumas tradições dos anteriores Chefes de Estado, tendo suprimido as amnistias colectivas nas prisões e a habitual intervenção televisiva.


Uma homenagem aos «heróis anónimos» foi preparada nos jardins do Eliseu, para depois do desfile.


Diário Digital / Lusa

Nenhum comentário: