Londres, 10 jul (EFE).- O Tribunal de Woolwich, em Londres, não conseguiu chegar hoje a um veredicto sobre dois dos seis acusados pelos atentados fracassados de 21 de julho de 2005 contra a rede de transporte da capital britânica, segundo fontes judiciais.
O júri, integrado por nove mulheres e três homens, não conseguiu determinar se Manfo Kwaju Asiedu e Adel Yahya estiveram envolvidos nos ataques frustrados.
Segundo a Promotoria, Asiedu teria sido o quinto terrorista, que se arrependeu no último momento e abandonou sua bomba no parque Little Wormwood Scrubs, a oeste de Londres, enquanto Yahya era considerado parte do "círculo" dos quatro acusados.
De acordo com fontes judiciais, o tribunal deverá divulgar na quarta-feira a sentença dos quatro homens declarados culpados na segunda-feira.
Asiedu chegou ao Reino Unido em 2003 vindo de Gana, enquanto Yahya é de origem etíope e vivia em Tottenham, no norte de Londres.
Os ataques frustrados ocorreram duas semanas depois dos atentados terroristas suicidas de 7 de julho contra a rede de transporte de Londres, nos quais 56 pessoas morreram - entre elas os quatro terroristas - e 700 ficaram feridas.
Na segunda-feira, após um julgamento que durou seis meses, o júri declarou culpados Muktar Said Ibrahim, Yassin Omar, Ramzi Mohammed e Hussain Osman por conspirar para o ataque de 21 de julho.
Ibrahim, considerado líder da célula terrorista, tentou detonar uma bomba em um ônibus urbano, enquanto Omar, seguidor confesso dos talibãs, estava com explosivos na estação de metrô de Warren Street, no centro da cidade.
No apartamento de Omar foram encontradas garrafas vazias de peróxido de hidrogênio líquido, usado para fabricar explosivos.
Mohammed foi declarado culpado por tentar explodir uma bomba em um trem da linha de metrô Northern Line perto da estação Oval, no sul de Londres.
Já Osman foi declarado responsável de ser o mentor do ataque fracassado contra um trem do metrô na estação de Shepherd's Bush, no oeste de Londres.
Osman, de 27 anos e origem etíope, foi extraditado em 22 de setembro de 2005 da Itália, para onde tinha fugido após os atentados.
Segundo a Procuradoria, o plano dos terroristas não foi "uma cópia apressada" dos ataques de 7 de julho e fracassou no último momento por causa de falhas nos explosivos, devido ao calor ou ao acaso.
Os acusados afirmaram que as bombas eram falsas e só pretendiam expressar sua oposição à Guerra do Iraque. EFE vg ev/dgr
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