sábado, 14 de julho de 2007

Emprego com carteira tem novo recorde

Leone FariasDo Diário do Grande ABC



O emprego com carteira assinada no País registrou nova marca recorde. Foram 1,095 milhão de vagas criadas no primeiro semestre, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.


O resultado, o melhor desde que a pesquisa começou a ser feita (em 1992), é 18,6% superior ao saldo do mesmo período de 2006, e representa uma expansão de 3,96% no total de empregos formais existentes em dezembro do ano passado.


A marca histórica se deve, principalmente, ao ritmo de contratações na agropecuária e na construção civil e a uma evolução significativa da ocupação na indústria.


As duas primeiras atividades também tiveram o melhor desempenho da série histórica, enquanto a última teve a melhor performance desde 2004.


No campo, houve a abertura de 238.437 vagas, saldo 24% maior do que o do mesmo período do ano passado. Já na construção, houve um acréscimo de 97.571 postos de trabalho, 23% mais do que nos primeiros seis meses de 2006.


No setor industrial, foram criadas 299.509 vagas (alta de 39%), enquanto os ramos de serviços somaram 324.829 vagas adicionais (0,8% a mais).


Segundo o economista do Observatório Econômico de Santo André, Antônio Carlos Schifino, o aquecimento do mercado interno e o forte dinamismo de atividades como na área do açúcar e do álcool e do setor imobiliário – neste último caso devido à queda dos juros e à expansão do crédito – estimularam as empresas a contratarem mais.


“O próprio PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e medidas de incentivo dadas pelo governo federal têm levado a um crescimento da construção”, acrescenta a diretora da regional do Sinduscon-SP, Rosana Carnevalli.


São Paulo - São Paulo foi o Estado que mais se destacou, pelo critério do total de vagas geradas. Foram 486.175 postos de trabalho criados, 38% mais do que no primeiro semestre de 2006.


Outra pesquisa, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), mostra que o setor sucroalcooleiro contribuiu com mais de 80% do emprego industrial no período. No entanto, o estudo aponta uma reação em outros segmentos, entre os quais a produção de veículos.

Nenhum comentário: