sábado, 15 de março de 2008

Natalense barrada na Espanha

A natalense Janaína Agostinho, 27, entrou nas estatísticas de brasileiros retidos na Espanha como o caso que mais chamou a atenção da imprensa espanhola. Com todos os documentos necessários para entrar no país, a garçonete foi impedida de conhecer a família e a cidade de origem de seu namorado, o espanhol Esteban Lupiañez. Janaína está ‘‘presa’’ no aeroporto de Barajas, em Madri, desde a última segunda-feira. De acordo com a mãe de Janaína, a dona de casa Paula Francinete Agostinho, 55, sua filha ainda nutria a esperança de conseguir entrar no país. A expectativa é que ela retorne para Natal no vôo de amanhã.

Ana Amaral/DN
Paula Francinete, mãe de Janaina, diz que alertou filha para riscos da viagem





Segundo Paula Francinete sua filha namorava com Esteban há aproximadamente um ano e só tomou conhecimento do namoro há cerca de um mês, quando Janaína confirmou que viajaria para a Espanha. ‘‘Eu não queria que ela fosse. Quando ela disse que já estava com a passagem, foi quando começou a passar esses problemas de que brasileiro não podia entrar lá na televisão e eu ficava falando para ela. Mas sabe como é né, ela queria muito ir, já estava com todos os documentos necessários e gosta muito de conhecer lugares novos’’, disse.





Mesmo ciente de que portava toda a documentação exigida para entrar no país, a mãe de Janaína conta que sua filha estava um pouco nervosa com a viagem. ‘‘Ela estava com um pouco mais de 500 euros e dizia que achava ser pouco dinheiro’’, frisou. O dinheiro, assim como passagens e estadia em pousadas para passar três semanas na Espanha, foram um presente do namorado. ‘‘Ela ia passar três semanas lá. Ia voltar já no final do mês. Esses dias que ela ia passar fora eram as férias dela’’, destacou.






A dona de casa conta que soube da notícia na segunda-feira pela manhã através de uma ligação da própria Janaína. ‘‘Ela me ligou dizendo que estava detida’’, disse. Janaína foi submetida a cinco horas de espera até ser entrevistada na presença de um tradutor e um advogado. Segundo o jornal espanhol El Mundo, Janaína chegou no dia 10, no vôo 700 da Air Comet, com passaporte em dia, 540 euros reserva, carta-convite e passagem de volta, mas, diz a reportagem, ‘‘isso não pareceu suficiente para a polícia’’.






Paula Francinete fala diariamente com sua filha. ‘‘Ela me liga todo dia por volta das 22h. E me disse que para falar comigo, compra um cartão telefônico que custa 10 euros. Eu já disse que ela devia poupar o dinheiro dela’’, conta. Para sua mãe, Janaína disse que está fazendo três refeições por dia e tem direito a um banho por dia. Suas malas com roupas só foram devolvidas três dias depois de retidas, na quinta-feira passada. De acordo com a mãe de Janaína, ela não pode sequer usar um creme hidratante. ‘‘Ela me disse que está com a pele ressecada e com muita tosse. Acho que ela não se adaptou ao clima de lá’’, especula.






DECLARAÇÃO





Em entrevista a Agência Efe pelo telefone, Janaína contou que se sente humilhada porque ninguém lhe informa o motivo por não ter sido ‘‘admitida’’ na Espanha. ‘‘Está sendo uma experiência muito desagradável, me sinto humilhada. Só queria vir a Espanha para conhecer a família do meu namorado e passear durante 3 semanas, acho que nunca vou esquecer isto, é uma situação horrível’’, disse Janaína.





GABRIELA FREIRE




DA EQUIPE DO DIÁRIO DE NATAL





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