externa
| 10.03.2008 | 14h41
Por AE
Agência Estado
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) intensificou as perdas no início desta tarde e, às 14h39, o índice Bovespa cedia 2,53% a 60.303 pontos, na pontuação mínima do dia até este horário. O volume financeiro negociado é de R$ 2,9 bilhões até o momento.
O mercado brasileiro apresenta queda mais forte do que as registradas em Nova York, sinalizando que a Bovespa está pagando o preço de ter sido umas das bolsas mais líquidas entre os emergentes. Às 14h28, o índice Dow Jones caía 0,66%, o Nasdaq-100 recuava 1,07% e o S&P 500 cedia 0,93%.
Os mercados internacionais tiveram uma piora nítida ao final da manhã de hoje, quando o grau de estresse com o setor financeiro subiu a partir de boatos de quebra de instituições financeiras. O banco de investimento Bear Stearns esteve no centro dos temores, e veio a público classificar de "totalmente ridículo" o rumor de que estaria com problemas de liquidez.
No Brasil, o Ibovespa foi às mínimas do dia, arrastado por vendas fortes de investidores estrangeiros, que estão se desfazendo de papéis brasileiros para cobrir perdas no exterior.
As ações da Vale são as que exercem a maior pressão sobre o Ibovespa. Às 14h40, as ações preferenciais classe A (PNA) da mineradora recuavam 2,94% e tinham o maior giro financeiro do dia, totalizando de R$ 573,561 milhões, influenciada pela realização de lucros nos metais básicos e pela queda forte. Além disso, hoje de manhã a companhia informou que cerca de 800 manifestantes, liderados pelo do Movimento dos Sem-Terra (MST), invadiram e obstruíram a Estrada de Ferro Vitória Minas, na altura do município de Resplendor (MG). Com isso, segundo a companhia, todo o transporte de minério da empresa para o Porto de Tubarão (ES) está paralisado. No último sábado, manifestantes ligados ao MST no Maranhão já tinham invadido uma unidade da Ferro Gusa Carajás, empresa da Vale, no Maranhão.
Já as ações de Petrobras registram baixa bem mais suave do que a do Ibovespa. As ações preferenciais (PN) recuavam 1,25% e as ordinárias (ON) -0,90%. O que está limitando uma perda maior nos papéis é a continuidade dos ganhos nos preços dos contratos futuros de petróleo no mercado internacional. Pela manhã, a commodity cravou hoje novo recorde durante a sessão, com o barril sendo negociado a US$ 107,77, na plataforma eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
Dólar
Ainda no mercado doméstico, o dólar sobe mais de 1%, tanto por causa do cenário externo, quanto pelo desconforto com mais um déficit na balança comercial - o terceiro consecutivo - de US$ 159 milhões na primeira semana de março.
Às 14h35, o dólar comercial subia 1,43%, cotado a R$ 1,708 no mercado interbancário de câmbio, na taxa máxima do dia até este horário. Na BM&F, o dólar à vista ganhava 1,37%, negociado a R$ 1,707 - também na taxa máxima do dia até o momento.
O Banco Central ainda não interveio no mercado de câmbio, com o anúncio do leilão de compra de dólares.
http://portalexame.abril.com.br/ae/financas/m0154056.html
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