quinta-feira, 13 de março de 2008

Marcelo ignora rótulo de vilão do 'BBB' e se assume como 'urso'

Eliminado com 71% de rejeição, psiquiatra quer ir a festas de gays gordinhos e carinhosos.



Para o ex-bbb, o emo Rafinha e a miss Natália são os favoritos ao prêmio de R$ 1 milhão.






Dolores Orosco Do G1, em São Paulo

Foto: Divulgação
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Marcelo em seu primeiro momento após a eliminação no paredão de terça-feira (11). (Foto: Divulgação)




O apresentador Pedro Bial definiu o psiquiatra mineiro Marcelo Arantes, de 31 anos, como "o maior protagonista" desta oitava edição do Big Brother Brasil. E não foi à toa.




Veja o site do "BBB"




Eliminado com 71% dos votos pouplares em paredão contra o roqueiro emo Rafinha na última terça-feira (11), o ex-bbb - além de ter assumido ser homossexual em rede nacional - foi o pivô dos principais conflitos desta edição que, sem sua participação, corria o risco de ficar marcada como a mais morna do reality show.





Fora do programa, Marcelo arrisca um palpite de como Rafinha, Natália, Gyselle, Thatiana e Marcos se comportarão nos 12 dias finais do "BBB". "Agora eles vão ficar à vontade para fazer todos aqueles papéis infantilóides que sabem tão bem desempenhar. O da menina santinha, o do carinha engraçado...".




O psiquiatra está longe de se incomodar com o possível rótulo de "vilão". Mas aceita de bom grado o de "urso" - termo usado pela comunidade gay para definir os rapazes gordinhos, peludos e amorosos. "Acho muito sexy, adoro os ursos!", garante.

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Marcelo enfrentou Rafinha em seu derradeiro paredão no "BBB". (Foto: Divulgação)

Para Marcelo, os grandes candidatos ao prêmio de R$ 1 milhão são o roqueio emo Rafinha e a miss Natália.




Confira as conclusões pós-confinamento do ex-BBB na entrevista a seguir:

G1 – Como fica o "BBB" com a saída do seu "maior protagonista"?
Marcelo – Ai... Alguém tem que dar um jeito ali dentro, né? Entrei com o objetivo de estimular as pessoas a pensarem. Quando levantei assuntos polêmicos fiz isso de uma forma




muito tranqüila, embora às vezes arregalasse o olho demais e ficasse com uma expressão de maluco... Como fui autêntico, quis que as pessoas lá dentro também fossem. É por isso que minha saída foi muito tranqüila, o público tem demonstrado um carinho enorme por mim nas ruas, estou feliz. Eu tinha muito receio de como seria recebido aqui fora.





G1 – Mas você já conseguiu medir sua aceitação popular em menos de 48 horas?
Marcelo – Consegui um tempinho para caminhar numa região central aqui do Rio, andei pelas ruas, parei em praças, postos de gasolina... Quem me reconhecia era receptivo. Alguns me provocavam dizendo: “tá vendo? Levou 71%!”, mas sempre num tom bem-humorado. Se sou um cara provocativo, faço isso para que me provoquem mesmo.





G1 – Então você acha que o papel de vilão não coube a você nesta edição do programa?
Marcelo – Quando leio um livro, vejo uma peça de teatro ou assisto uma novela tenho o mesmo carinho tanto pelos personagens que são mocinhos, quanto pelos vilões. Qualquer rótulo que quiserem me dar, que me dêem. Não tenho medo. As pessoas sempre procuram de quem falar e que bom que estão falando de mim neste momento. Sou apenas o Marcelo e isso me torna diferente e especial ao mesmo tempo.

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Na opinião de Marcelo, ursos são sexies. (Foto: Divulgação)




G1 – Falando em rótulos, o Pedro Bial te chamou de “ursão”, que é a gíria usada para definir a comunidade dos gays gordinhos, peludos e carinhosos...
Marcelo – Acho muito sexy, adoro os ursos! Fico muito feliz de ser chamado de urso. Se eu for convidado para ir em festas de ursos, vou com o maior prazer! Tenho vários amigos ursinhos e eles devem estar felizes com essa história. Acho uma brincadeira saudável e lúdica.




G1 – O Jean Wyllys declarou em entrevista ao G1 que depois de oito edições, o “BBB” desenvolveu uma gramática própria e que os concorrentes sabem jogar para conquistar o público.




Você acha que foi uma exceção?
Marcelo – Vi todas edições do “BBB” e sempre tive vontade de entrar na casa. Quando tive a chance de estar no confinamento, foi fascinante. Sei que o Jean fez algumas críticas a mim porque as pessoas me comparavam muito a ele. Não sei ao certo a opinião do Jean, mas suas críticas serão bem-vindas, pois sei que ele é uma pessoa muito capacitada. Enquanto eu estava na casa, tentei ao máximo ser um cara transparente e nunca me coloquei como vítima, como minoria que sofre preconceito, etc, etc... Talvez tenha sido um pouco esta a falha dele, porque depois que saiu da casa, notei que ele se apagou um pouco... Talvez seja porque as pessoas não querem se espelhar em vítimas, mas em gente que tem seus defeitos e qualidades.




G1 – Com sua saída, você vê algum foco de conflito entre os participantes que ficaram?
Marcelo – Pois é, eu os vi comentando que agora vai reinar a paz na casa... O que talvez aconteça é que eles vão ficar à vontade para fazer todos aqueles papéis infantilóides que sabem tão bem desempenhar. O da menina santinha, o do carinha engraçado... Cada um faz o que pode por R$ 1 milhão. Esse dinheiro é muito bom, claro, mas quando você consegue chegar a ele por outros caminhos é bem melhor. Quem sabe daqui a 20 anos, ralando bastante, eu alcance essa cifra?




G1 – O autor Aguinaldo Silva escreveu em seu blog que a Thatiana é a grande vilã do “BBB”. Você concorda?
Marcelo – O Aguinaldo é um cara muito carinhoso, especial e inteligente. Fico feliz de ter sido assistido por ele. Mas prefiro não responder essa pergunta. Cada um ali tem um vilão e um mocinho dentro de si.




G1 – Em vários momentos você disse que iria fazer as máscaras caírem no programa. Você acha que conseguiu?
Marcelo – Penso que muita gente viu essas máscaras caírem, como eu vi. Alguns preferem essa atitude de se entregar ante ao outro e não reconhecer as falhas de quem está por perto. Quem está ali só quer mostrar a casquinha do “sou bonitinho, sou engraçadinho, sou vendável”. E eu não gosto de propaganda enganosa. Sei que as 29% das pessoas que votaram para que eu ficasse no “BBB” fizeram isso com afinco e eu estou louco para conversar com elas, ver o que têm para me dizer.

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Para Marcelo, Natália é uma das fortes candidatas ao prêmio de R$ 1 milhão. (Foto: Divulgação)



G1 – Quem você acha que leva o rêmio de R$ 1 milhão?
Marcelo – Vejo duas pessoas muito fortes ali dentro. Primeiro o Rafinha pela superação, inteligência e sagacidade. Foi um cara que cresceu e apareceu muito ali dentro.




Vejo também a Natália como uma forte candidata. Tivemos nossos desentendimentos, mas ela é uma boa pessoa. Qualquer um dos dois que levar o prêmio vai ser muito merecido.


http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL349782
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