sábado, 22 de março de 2008

Brasileira tem pena de prostituta que derrubou governador de NY, diz jornal

'Sinto muita pena dela', disse Andreia Schwartz durante vôo, segundo o 'Daily News'.



Ela testemunhou sobre o envolvimento do ex-governador de NY com prostitutas.
Do G1, em São Paulo

Foto: Filipe Araújo/Agência Estado/AE
Filipe Araújo/Agência Estado/AE
Andreia Schwartz surgiu em Cumbica de óculos escuros e evitou dar entrevistas (Foto: Filipe Araújo/Agência Estado/AE)





No dia da sua deportação, a cafetina brasileira que teve participação decisiva no escândalo sexual que derrubou o ex-governador de Nova York mostrou solidariedade a Ashley Alexandra Dupre -a prostituta com quem Eliot Spitzer se envolveu.





“Eu sinto muita pena dela”, disse Andréia Schwartz segundo o jornal norte-americano “Daily News”, diário que enviou um repórter a bordo do vôo 951 da American Airlines, a caminho de São Paulo.




Andréia seria uma informante do FBI (a polícia federal dos EUA) na investigação que levou à queda do ex-governador de Nova York, acusado de usar regularmente serviços de prostitutas.




Schwartz trabalhou no Emperors Club, uma casa de prostituição VIP, anos antes do encontro entre Ashley Alexandra Dupre e Spitzer num hotel em Washington (EUA).





Ela deixou o clube para administrar seu próprio negócio que atendia a executivos ricos de Manhattan. Mas passou 18 meses atrás das grades depois que a política descobriu seu serviço telefônico de prostituição.





Antes do fim do negócio, Schwartz disse que voltou a cruzar algumas vezes com Dupre. “Eu realmente não a conhecia bem. Eu a conhecia de festas e Saint Tropez [balneário francês]”, disse.





Segundo o jornal, o advogado de Schwartz, Jeffrey Lichtman, disse que os investigadores ofereceram a ela um green card em troca de mais informações, mas ela teria rejeitado o acordo.




Mãe

A mãe da cafetina, Elza Dias, disse ao “Daily News” que ela “fez a coisa certa” em não revelar informações que também poderiam incrimina-la e voltar para o Brasil.





“Ela foi casada por seis anos com um americano e nunca obteve o green card. Agora eu prefiro que ela fique por aqui por um tempo”, disse a mãe, que não via a filha desde que ela deixou o Brasil, em 1994.





“Ela tem que aproveitar este momento e ganhar dinheiro no Brasil.” Segundo Elza Dias, sua filha “sempre mandou dinheiro para casa” e nunca teve nenhuma ligação com o ex-governador ou outros políticos.





“Ela nunca disse nada a mim sobre essa história do governador. Fiquei muito supresa. Eu não sabia se ela tinha clientes políticos, mas sabia que tinha muitos clientes famosos”, disse a mãe.



Desembarque

Ao desembarcar no Brasil, neste sábado (22), Andréia Schwartz disse no aeroporto de Cumbica, na Grande São Paulo, que pretende "esclarecer toda a verdade". Em rápida declaração, ela afirmou que dará uma entrevista nos próximos dias.




“Vou esclarecer toda a verdade. Vou mostrar. Vou provar. Eu amo todos vocês”, disse Andreia. Por volta das 13h30, ela fez check in para embarcar em vôo da Gol com destino ao aeroporto do Galeão, entrou na sala de embarque de Cumbica, mas de última hora não apareceu no avião.




Deportação

Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal em Cumbica, Marco Antônio Lino, ao desembarcar em São Paulo nesta manhã, Andreia preencheu a ficha de deportação - trâmite obrigatório aos brasileiros deportados - e deixou o aeroporto por um terminal doméstico, despistando a imprensa que a aguardava na área do desembarque internacional.




A saída de Andreia por um terminal doméstico foi um pedido da própria brasileira e, segundo a PF, foi concedido para evitar confusão devido ao grande número de jornalistas no aeroporto.


No mesmo vôo de Andreia, estava o ex-jogador de futebol Pelé que desembarcou em São Paulo. A saída de Pelé pelo desembarque internacional do terminal dois de Cumbica provocou tumulto entre os repórteres.




Dois homens que disseram ser seus amigos aguardavam a chegada da brasileira em Cumbica. Eles afirmaram estar no aeroporto a pedido da mãe de Andreia, que mora no Espírito Santo. Horas depois, por volta das 13h30, Andreia reapereceu no aeroporto, onde embarcou para o Rio de Janeiro.




Testemunha

Por cerca de um mês, ela permaneceu em um presídio onde ficam estrangeiros que aguardam a deportação. Nos Estados Unidos, ela cumpriu a pena de um ano e meio de prisão por tráfico de drogas e por comandar uma rede de prostituição.





Andréia seria uma informante do FBI na investigação que levou à queda do ex-governador de Nova York, acusado de usar regularmente serviços de prostitutas.




A deportação da brasileira estava prevista para acontecer na semana passada, mas foi adiada. Na ocasião, o departamento de imigração dos EUA informou que o adiamento é um procedimento normal e confirmou que promotores interrogaram Andreia no dia 14 de março.





http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,
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+PENA+DE+PROSTITUTA+QUE+
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