segunda-feira, 17 de março de 2008

EUA: impacto da crise hipotecária se amplia e atinge toda a economia

NOVA YORK, EUA (AFP) — A queda dos preços dos imóveis nos Estados Unidos, que se arrasta desde o fim de 2005, desencadeou uma crise do crédito hipotecário e multiplicou os casos de falta de liquidez, que travam o sistema financeiro mundial. Seguem as principais etapas do processo:


Operador da Bolsa de Nova York



- Segundo trimestre de 2005: termina a tendência de alta do mercado imobiliário nos Estados Unidos.




- 2006: a contrução civil começa a sofrer uma redução nos Estados Unidos.




- 2007 e início de 2008: queda das vendas de imóveis nos Estados Unidos e dos preços dos imóveis.




- Entre janeiro de 2007 e janeiro de 2008, as vendas de imóveis caem 23,4%, novas construções registram uma queda de 27,2% e, entre março de 2007 e janeiro de 2008, os preços médios diminuem em 17,7%.




- 2007: disparada dos casos de falta de liquidez entre os créditos hipotecários a taxas variáveis, concedidos a famílias financeiramente frágeis e, conseqüentemente, da retomada dos imóveis (+57% entre janeiro de 2007 e janeiro de 2008).




Cerca de 1,3 milhão de ióveis foram atingidos pela crise em 2007, ou 1% das famílias americanas.




- Primavera e outono (no hemisfério Norte) de 2007: enormes perdas após a quebra de grandes entidades de crédito imobiliário como a New Century Financial e a American Home Mortgage.




- Junho 2007: quebra de dois fondos especulativos do banco Bear Stearns.




- Julho 2007: com a bolsa otimista, o índice Dow Jones supera os 14.000 pontos.




- Agosto 2007: o Fed multiplica suas injeções de liquidez e reduz sua taxa de redesconto em meio ponto, a 5,75%.




- Setembro 2007: o pânico toma conta dos clientes do banco inglês Northern Rock, posteriormente nacionalizado pelo governo britânico.




- Setembro 2007: o Fed baixa sua taxa reitora (Fed funds) em meio ponto a 4,75%.




- Outubro 2007: o Dow Jones fecha abaixo dos 14.100 pontos, um recorde.




- Outubro-Novembro 2007: os grandes bancos americanos e mundiais começam a contabilizar fortes prejuízos e depreciações no preço dos ativos, após a desvalorização de seus papéis vinculados a créditos imobiliários.




- Ao todo, a desvalorização supera em 2007 mais de 150 bilhões de dólares. Os mais afetados são os bancos americanos Merrill Lynch (19,4 bilhões de dólares) e Citigroup (21,1 bilhões), além do suíço UBS (18,1 bilhões de dólares.




- Outubro 2007: um consórcio de bancos americanos anuncia a criação de um "superfundo" de 100 bilhões de dólares que nunca saiu do papel.




- Outubro 2007: o Merrill Lynch substitui seu presidente, Stan O'Neal.




- 31 outubro 2007: o Fed baixa sua taxa reitora em um quarto de ponto, a 4,50%




- Novembro 2007: o Citigroup demite seu presidente, Charles Prince.




- 11 dezembro 2007: o Fed baixa sua taxa reitora em um quarto de ponto, a 4,25%.




- Dezembro 2007: os grandes bancos centrais do mundo lançam uma ação conjunta para injetar liquidez no mercado, na primeira iniciativa desta magnitude desde 11 de setembro de 2001.




- Janeiro 2008: o Bank of America salva da quebra o banco de empréstimos hipotecários Countrywide e o adquire.




- Janeiro de 2008: o Fed baixa sua taxa reitora em três quartos de ponto a 3,50%. Em seguida, em meio ponto, a 3,00%




- Janeiro 2008: após várias semanas de queda, o Dow Jones perde todos os lucros acumulados em 2007 e cai abaixo dos 13.000 pontos.




- Março 2008: quebra um fundo do grupo Carlyle.




- Março 2008: o Fed sai em socorro do banco Bear Stearns, finalmente comprado por um preço baixíssimo pelo JP Morgan.




- Março 2008: o Fed baixa sua taxa de redescontos em um quarto de ponto, a 3,25%.




- Março 2008: o dólar cai a 1,59 por euro, o petróleo supera os 110 dólares o barril e o Dow Jones cai abaixo dos 12.000 pontos.





http://afp.google.com/article/ALeqM5j3QG2m0DdIR
_72VZ0CCpe9DQG2nQ

Nenhum comentário: