domingo, 17 de junho de 2007

Fayyad apela à unidade



Internacional






Novo primeiro-ministro palestiniano empossado por Mahmoud Abbas






Fayyad apela à unidade






O novo Governo de urgência palestiniano, dirigido pelo independente Salam Fayyad, prestou ontem juramento perante o presidente Mahmoud Abbas. No seu primeiro discurso, o governante pediu a unidade da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.





O novo primeiro-ministro palestiniano, Salam Fayyad, insistiu ontem na “unidade” da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, controlada desde sexta-feira pelos islamitas do Hamas.





“Insistimos na unidade orgânica, administrativa e política das duas componentes da pátria, a faixa de Gaza e a Cisjordânia”, afirmou Fayyad, um economista que desfruta da confiança do Ocidente, no seu primeiro discurso à nação.





Dirigindo-se aos habitantes de Gaza, sublinhou que o seu gabinete ia trabalhar para “pôr fim à anomalia nascida dos acontecimentos desonrosos”, numa referência à tomada do poder do Hamas em Gaza pela força das armas.





Alguns instantes antes, o novo Governo de emergência prestara juramento perante o presidente palestiniano, Mahmud Abbas, que posteriormente declarou fora-da-lei as forças do Hamas que controlam a faixa de Gaza.





Abbas declarou, ao dar posse ao novo Executivo, que este “assumirá plenamente as suas responsabilidades, não só na Cisjordânia, mas em toda a pátria, incluindo a faixa de Gaza”.





“Este Governo tentará pôr fim às sanções e garantir uma ajuda económica e financeira ao nosso povo. Estes momentos históricos exigem homens corajosos, capazes de servir o seu povo”, declarou Abbas, citado pela agência oficial WAFA.





O Governo, formado por independentes, conta numa primeira fase com 11 ministros, para além de Fayyad, 55 anos, que ocupará também as pastas das Finanças e dos Negócios Estrangeiros.





“A hora do trabalho soou. É tempo de arregaçar as mangas para salvar o nosso povo e o nosso país. Trabalhemos em conjunto para libertar a Palestina”, acrescentou Fayyad. Por seu turno, o Hamas, por intermédio do seu porta-voz, Sami Abu Zuhri, considerou de imediato o novo Governo de emergência ilegítimo.





“A única legitimidade de que se pode arrogar é o reconhecimento da administração norte-americana e da ocupação israelita”, declarou.





O Hamas assumiu sexta-feira o controlo da Faixa de Gaza, um território pobre com 1,5 milhões de habitantes, após ter derrotado as forças de segurança leais à Fatah, durante combates que fizeram pelo menos 115 mortos e centenas de feridos.





Denunciando um “golpe militar”, Abbas demitiu o primeiro-ministro do Hamas Ismail Haniyeh. Abbas declarou, num decreto, “fora-da-lei” a Força Executiva do Hamas e as suas “milícias”.





“Quem quer que seja provado que tenha ligações com elas, será punido, segundo as leis em vigor e as disposições do estado de emergência”, afirmou Abbas num decreto, imediatamente rejeitado pelo Hamas.





Em Israel, o primeiro-ministro Ehud Olmert, afirmou sábado à noite que dialogará com o Governo de Fayyad.

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