quinta-feira, 14 de junho de 2007

Actual situação não interessa a Israel, diz MNE

MÉDIO ORIENTE





Os intensos confrontos entre a Fatah e o Hamas não servem os interesses de Israel, uma vez que que tornam ainda mais difícil qualquer compromisso de paz. A afirmação foi feita , esta quinta-feira, pela chefe da diplomacia israelita.

A chefe da diplomacia israelita,Tzipi Livni, defendeu esta quinta-feira que que a escalada de violência dos últimos dias no Médio Oriente, que hoje culminou com a tomada pelo movimento radical Hamas de todas as centrais dos serviços de segurança da Fatah na Faixa de Gaza, resulta de «um problema interno» palestiniano que não diz respeito a Israel.
«A actual situação resulta da debilidade das forças (palestinianas) moderadas e esse é um problema palestiniano. Claro que preocupa Israel e preocupa a comunidade internacional mas é um problema interno», disse.
Sobre este assunto, Tzipi Livni afirmou noutro passo que israelitas e palestinianos não precisam da União Europeia para mediadora, porque «há um diálogo bilateral entre Israel e os palestinianos» mas para «dar apoio às forças moderadas para que assumam os compromissos certos e façam o que está certo».
Isso é igualmente válido no Líbano onde, sublinhou, «Israel não está em conflito com o Estado libanês mas com o movimento radical do Hezbollah».
Tzipi Livni iniciou hoje uma breve visita de dois dias a Portugal, no âmbito da preparação da presidência portuguesa da União Europeia, que se inicia a 01 de Julho e tem como prioridade da sua agenda externa o processo de paz no Médio Oriente.
Sobre a possibilidade de envio de uma força da ONU sugerida quarta-feira pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, Tzipi Livni salientou que o principal é que uma tal força seja eficaz, nomeadamente no controlo das fronteiras da Faixa de Gaza, que continuam a servir para o tráfico de armas destinadas ao Hamas.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, considerou «prematuro» assumir uma posição sobre o envio de uma tal força.
«É uma ideia, que está em discussão. Há propostas e esperamos que venha a haver iniciativas que avaliaremos a seu tempo», disse.

Nenhum comentário: