Colaboração para a Folha Online
Segundo reportagem do correspondente da Folha de S. Paulo em Washington, Sérgio Dávila, membros do comando da campanha da ex-primeira-dama que preferem não ser identificados disseram a jornalistas americanos que Hillary Clinton está cada vez mais convencida de que não tem mais chances de ser indicada à sucessão presidencial nos EUA pelo Partido Democrata.
A reportagem explica que os assessores da pré-candidata acham que ela chegará ao final das primárias em agosto com menos votos populares, delegados e o mesmo número de superdelegados, o que inviabilizaria sua indicação.
Por isso, o "tom" dos ataques a Barack Obama pelos integrantes da campanha de Hillary têm subido e deve subir ainda mais, com o intuito de enfraquecer a campanha do senador por Illinois e abrir caminho para a vitória de John McCain .
Ataques
Nos últimos dias, Bill Clinton retomou a crítica ao ex-pastor de Obama Jeremiah Wright, e afirmou que o senador não era tão patriota quanto sua esposa e o republicano McCain.
O marqueteiro dos Clinton James Carville chamou o governador do Novo México, Bill Richardson, de "Judas", por ter supostamente traído a família Clinton ao apoiar Obama --ele trabalhou no governo de Bill Clinton, então presidente.
Segundo Dávila, a tática dos assessores de Hillary leva em conta que McCain, com 72 anos, caso vença, será o político mais velho a assumir a Presidência, e um concorrente mais fácil de derrotar nas eleições para a Casa Branca em 2012 que Obama.
Se o senador por Illinois ganhar, ele deve ser o candidato natural à reeleição em 2012. Por isso a idéia de "minar" a campanha de Obama.
Quebrar as pernas
A estratégia foi batizada "tática Tonya Harding", em referência à ex-patinadora americana que em 1994 mandou quebrar os joelhos de Nancy Kerrigan, sua concorrente, durante as eliminatórias de um campeonato.
A tese de que a campanha de Hillary já esteja entregando os pontos e estaria visando 2012 encontra justificativa também em uma pesquisa divulgada na quarta-feira pelo instituto Gallup.
A enquete aponta que 3 em cada 10 eleitores de Hillary votariam em McCain em uma eventual disputa do republicano com Obama.
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u386478.shtml
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