ALESSANDRA SARAIVA - Agencia Estado
RIO - O INCC-10, que mede os preços no setor da construção civil, acumula elevações de 4,21% no ano e de 5,01% em 12 meses até agosto no âmbito Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). Hoje, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou o IGP-10 de agosto (+0,64%) - sendo que o INCC-10 representa 10% do total do indicador.
De acordo com a FGV, a desaceleração na taxa do INCC-10, de julho para agosto (de 0,56% para 0,29%) foi influenciada principalmente por aumento de preço menos intenso nos segmentos de mão-de-obra (de 0,75% para 0,24%); e materiais e serviços (de 0,39% para 0,34%), no período.
A fundação esclareceu que, na avaliação do comportamento dos preços por produtos, as altas mais expressivas, na construção civil, dentro do IGP-10 de agosto, foram registradas em refeição pronta no local de trabalho (1,04%); tijolo/telha cerâmica (1,16%) e ajudante especializado (0,19%). Do lado oposto os destaques foram: elevador - social e serviço (-0,72%); aço CA-50 e CA-60 (-0,08%); e condutores elétricos fio/cabo (-0,62%).
AgrícolaOs preços dos produtos agrícolas no atacado tiveram aumento de 2,64% em agosto. Em julho, a alta foi de 0,93%. A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado subiram 0,25% em agosto, ante deflação de 0,16% no mês passado.
A FGV esclareceu também que, dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais diminuíram 0,18% em agosto, frente valorização de 0,14% em julho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 0,39% em agosto, ante deflação de 0,09% no mês passado. Já os preços das matérias primas brutas apresentaram elevação de 3,01% em agosto, de 0,42% em julho.
IPC-10No varejo, o IPC-10 acumula aumentos de 3,37% no ano e de 4,26% em 12 meses até agosto. O IPC-10 representa 30% do total do IGP-10. De acordo com a FGV, a desaceleração na taxa do IPC-10, de julho para agosto (de 0,40% para 0,28%) foi causada por deflações em três das sete classes de despesa pesquisadas, na passagem do IGP-10 de julho para o índice de agosto. É o caso de Habitação (de 0,07% para -0,22%); Vestuário (de 0,88% para -0,75%); e Transportes (de -0,35% para -0,36%).
Outros três grupos apresentaram aceleração de preços, no mesmo período, como Alimentação (de 1,05% para 1,22%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,34%); e Despesas Diversas (de 0,43% para 0,52%), enquanto um grupo permaneceu com a mesma taxa de elevação. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 0,53%).
Na análise por produtos, as altas de preço mais expressivas no varejo, no IGP-10 de agosto, foram registradas em leite tipo longa vida (12,48%); tarifa de telefone residencial - assinatura e pulsos (1,49%); e passagem aérea (12,34%). Já as mais significativas quedas de preço foram apuradas em tarifa de eletricidade residencial (-3,43%); cebola (-22,62%); e mamão da amazônia - papaia (-11,19%).
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