quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Embraer vê lucro do segundo trimestre cair para quase metade



Lucro líquido do grupo brasileiro desceu 48,8%, para R$ 79,7 milhões.
Da Redação




Carteira de pedidos firmes da Embraer vale R$ 15,6 bilhões.





São Paulo - A Embraer, que tem uma participação na portuguesa OGMA, registrou um lucro líquido de R$ 79,7 milhões no segundo trimestre deste ano, menos 48,8% que o resultado obtido no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 155,8 milhões. Além disso, a empresa aeronáutica brasileira teve também uma redução de 2,5% na receita do trimestre, que ficou nos R$ 2,19 bilhões.







Face ao primeiro trimestre, porém, tanto a receita como o lucro líquido foram superiores, de acordo com as informações hoje divulgadas pela Embraer.







O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu de R$ 305,2 milhões no segundo trimestre de 2006 para R$ 78,7 milhões em idêntico período deste ano.







A Embraer entregou 36 aeronaves no segundo trimestre, o mesmo número registrado emigual período do ano anterior. Os custos industriais ainda se apresentam elevados em função dos ainda altos ciclos de produção, incluindo aumento dos custos de mão-de-obra relacionados à realização de horas-extras, enquanto o terceiro turno ainda se encontra na fase inicial de implantação, segundo a Embraer.







A empresa considera que "as ações tomadas em relação à cadeia de suprimentos e aos processos industriais estão mostrando resultados positivos desde o primeiro trimestre doano, com a cadência de produção aumentando e a perspectiva de entregas crescentes nos próximos trimestres". Isto permitirá encerrar o ano atingindo a meta projetada de 165 a 170 aeronaves entregues. "A nossa cadência média atual de produção de aeronaves da família EMBRAER 170/190 atingiu 13 unidades por mês, e estaremos atingindo 14 unidades por mês até no final do ano", assegura a Embraer.







No caso de E-Jets para a aviação comercial, no último trimestre a Embraer acrescentou 23 aeronaves à sua carteira de pedidos firmes, incluindo o exercício de opções. "Dois novos importantes clientes foram adicionados à carteira de pedidos da empresa, sendo estes a Japan Air Lines (JAL) e a Lufthansa, reforçando a presença da Embraer nos mercados asiático e europeu, respectivamente", assinala o comunicado da Embraer.







As vendas de jatos executivos também mostraram bom desempenho no trimestre para todos os modelos oferecidos pela empresa, com a família Phenom já ultrapassando 460 encomendas firmes.







Desta forma, a carteira de pedidos firmes da Embraer encerrou o segundo trimestre em nível recorde, US$ 15,6 bilhões, lembra a empresa.







A Embraer adquiriu, no início de 2005, 65% do capital da OGMA (ex-Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), pelo montante de 11,39 milhões de euros, permitindo assim à empresa brasileira a sua entrada em Portugal.







É uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, a empresa mantém escritórios, instalações industriais, oficinas de serviçosao cliente no Brasil, Estados Unidos, França, Portugal, China e Cingapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e Defesa e Governo. Em 30 de junho de 2007 contava com 23.637 empregados.



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