Álbuns são protegidos por ferramentas que restringem a visualização do conteúdo.
Google se comprometeu a instalar filtro antipedofilia a partir de julho.
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A CPI da pedofilia aprovou, nesta quarta-feira (9), a quebra de sigilo de 3.261 álbuns de fotos publicados no site de relacionamentos Orkut – todos eles são “trancados” por ferramentas de privacidade, o que restringe a visualização de seu conteúdo. O Google, empresa responsável pelo Orkut, terá de passar à CPI os dados que possam ajudar a identificar os responsáveis por essas páginas. Há suspeitas de que os álbuns contenham fotos com pornografia infantil.
Também entre as medidas adotadas pelo Google, Hohagen afirmou que em meados do ano a companhia implementará um sistema de gerenciamento e filtragem de mensagens, com o objetivo de coibir a publicação de dados criminosos no Orkut. O funcionamento da ferramenta, explicou, tem como base a associação de máquinas, programas e pessoas, que poderiam filtrar imagens e textos impróprios antes mesmo de eles serem publicados.
O executivo anunciou a decisão do Google de manter o registro, durante seis meses, dos computadores utilizados na divulgação de conteúdo criminoso – atualmente, esses dados são guardados por 30 dias. A companhia também se comprometeu a notificar essas ocorrências às autoridades, fornecendo imagens e textos que servem como prova dos crimes. Essa medida, disse, será adotada a partir de junho.
A convocação na CPI de Hohagen e Felix Ximenes, diretor de comunicações da filial brasileira da empresa, tem como base uma denúncia feita pela ONG SaferNet Brasil de que o Orkut traria páginas com conteúdo de pedofilia. Segundo a ONG, 86% das 267.470 denúncias de pedofilia registradas em 2007 têm como alvo a rede social.
Suiama contestou essa informação em seu depoimento na CPI, também nesta quarta. Ele afirmou que o Google adotou uma estratégia para não precisar responder pelos crimes cometidos no Orkut no Brasil. “A matriz situada na Califórnia passou a sustentar a tese de que a filial brasileira responde apenas por operações comerciais. Assim, estaria isenta de responder às ordens judiciais para prestar informações sobre crimes cometidos por usuários brasileiros, com o endereçamento de todos os pedidos aos Estados Unidos.”
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