sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Bush encerra visita a Israel sem avanços

Reuters/Brasil Online




Por Tabassum Zakaria




KUWEIT (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, concluiu na sexta-feira sua passagem por Israel e Cisjordânia, animado a ponto de ter previsto um tratado de paz dentro de um ano, mas sem anunciar avanços concretos por hora.




Bush chegou ao Kuweit na noite de sexta-feira (à tarde, pelo horário brasileiro). É a primeira de cinco escalas de países árabes aliados dos EUA, como parte do esforço para impulsionar o processo de paz do Oriente Médio e conter a influência do Irã.




A secretária de Estado Condoleezza Rice disse que nesta etapa da viagem os principais temas serão "as ameaças que vemos no golfo [Pérsico], o problema do extremismo, seja o extremismo da Al Qaeda, o extremismo sunita, seja do Irã e seus tentáculos, como o Hezbollah e parte do Hamas que apóia o Irã."




A imprensa do Kuweit disse que o emir Sabah Al Ahmad Al Sabah falaria a Bush no encontro da sua preocupação com um ataque dos EUA ao Irã, que poderia desestabilizar a região.




Bush deve ouvir um recado parecido de outros líderes árabes que querem conter as ambições nucleares do vizinho xiita sem recorrer a uma ação militar.




O Kuweit, que também é vizinho do Iraque, afirmou que não permitirá que os EUA usem seu território para uma guerra contra o Irã.




TERRA SANTA




Bush deixou Tel Aviv após fazer uma descrição otimista das suas conversas desta semana com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que em novembro retomaram o processo de paz.




Numa mensagem simbólica a ambas as partes, Bush visitou o monte das Bem-Aventuranças, onde Jesus fez o Sermão da Montanha, em que diz: "Bem aventurados os pacificadores".




Desafiando os céticos, Bush declarou na quinta-feira que deve haver um tratado de paz ainda durante seu mandato, que termina dentro de um ano.




Um porta-voz de Olmert disse que Israel também deseja um acordo rápido, mas considera inviável a criação do Estado palestino já em 2008. A implementação desse "acordo histórico", segundo o porta-voz Mark Regev, dependeria de os palestinos cumprirem seus compromissos a respeito da segurança.




A Casa Branca minimizou a possibilidade de avanços concretos durante a visita de Bush. Muitos analistas dizem que seu objetivo é apenas fazer com que seu legado na região se restrinja à impopular guerra do Iraque.




Abbas e Olmert elogiaram a iniciativa de Bush, mas não ofereceram concessões significativas.




Endurecendo o tom contra seus aliados israelense, Bush pediu o fim da "ocupação" da Cisjordânia, um termo normalmente usado pelos palestinos. Mas também exigiu que Abbas controle os militantes palestinos. A ambos os líderes, afirmou que há decisões difíceis pela frente.



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