terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bolsas européias fecham em queda com commodities






Por Gustavo Nicoletta

Agência Estado As principais bolsas européias encerraram em queda, pressionadas pelo declínio das ações de empresas ligadas ao setor de matérias-primas (commodities) após um recuo nos preços do petróleo e dos metais, um dia depois do otimismo gerado pelo plano de intervenção do Departamento do Tesouro dos EUA nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.

O índice FT-100, da Bolsa de Londres, terminou em queda de 30,70 pontos, ou 0,56%, para 5.415,60 pontos, foi particularmente afetado pelo fraco desempenho de empresas de mineração e petrolíferas. A BP e a Royal Dutch Shell caíram 1,9%. A Rio Tinto perdeu 5,01%, a BHP Billiton recuou 5,39% e a Xstrata retrocedeu 8,03%.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris caiu 46,84 pontos, ou 1,08%, para 4.293,34 pontos. O índice Xetra-Dax, da Bolsa de Frankfurt, recuou 30,33 pontos, ou 0,48%, para 6.233,41 pontos.

O BG Group desistiu da oferta de compra hostil pela australiana Origin Energy. A companhia do Reino Unido não pôde competir com uma proposta de US$ 8 bilhões da norte-americana ConocoPhillips por metade da participação nos ativos de carvão e gás da Origin. O BG Group perdeu 4,3% e os demais produtores de petróleo também recuaram.

A estatal francesa EDF, que teve queda de 6,3%, divulgou o aumento da participação na norte-americana Constellation Energy para 9,51%, ante 4,97% anteriormente.

O setor bancário teve um bom desempenho, amparado pelo otimismo sobre a intervenção norte-americana nas agências Fannie Mae e Freddie Mac. O banco francês Société Générale subiu 2,5%, o alemão Deutsche Bank avançou 3% e o britânico Barclays teve alta de 3%.

Um indicativo pessimista para os mercados europeus, particularmente o do Reino Unido, pôde ser percebido após a divulgação dos resultados anuais da construtora Redrow. Numa tentativa de manter dinheiro em caixa, a companhia diminuiu os dividendos e teve encargos de 259 milhões de libras esterlinas como resultado de desvalorização de terrenos.

A Redrow previa um cenário pessimista para o setor em geral. No entanto, a construtora conseguiu negociar uma nova janela de crédito e encerrou em alta de 8%.

A fabricante de aviões européia Airbus revelou uma série de medidas para melhorar a competitividade e compensar o impacto da desvalorização do dólar. A Aeronautic Defence & Space, companhia-mãe da Airbus, já havia traçado as linhas gerais do plano, que tem como objetivo economizar 1 bilhão de euros em custos em 2011-2012, sendo que 650 milhões de euros dos cortes nos gastos serão feitos pela Airbus. EADS subiu 2,1%.

O setor de viagens foi beneficiado pela desvalorização do petróleo. A British Airways avançou 4,1%, a Air France-KLM registrou aumento de 4,9% e a Carnival teve alta de 4%. As informações são da Dow Jones.





http://portalexame.abril.com.br/ae/financas/m0167484.html

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