SÃO PAULO (Reuters) - O segundo maior banco privado do país, Itaú, obteve no segundo trimestre uma alta de 41,2 por cento no lucro líquido, impulsionado por vendas de ativos e crescimento da carteira de empréstimos.
A instituição financeira teve um lucro líquido de 2,115 bilhões de reais no segundo trimestre de 2007, contra 1,498 bilhão de reais em igual período do ano anterior.
Esse resultado inclui entre outros efeitos não recorrentes as vendas da participação acionária do banco na empresa de informações de crédito Serasa e da sede do BankBoston em São Paulo e constituição de provisão para créditos "de liquidação duvidosa excedente ao mínimo requerido de forma a permitir a absorção de eventuais aumentos de inadimplência ocasionados por forte reversão do ciclo econômico em situações de stress", informou o Itaú. No total, os efeitos não recorrentes foram de 196 milhões de reais.
O lucro líquido recorrente no período foi de 1,919 bilhão de reais, comparado a 1,477 bilhão no segundo trimestre de 2006. Em relação aos primeiros três meses do ano o resultado recorrente da instituição cresceu 0,9 por cento.
Analistas ouvidos pela Reuters previam um lucro recorrente de 1,915 bilhão de reais.
A carteira de crédito do Itaú, incluindo avais e fianças, saltou de 74,8 bilhões de reais em junho de 2006 para 104,8 bilhões de reais ao final do segundo trimestre deste ano, um salto de 40,2 por cento. Na comparação com os primeiros três meses deste ano, a carteira cresceu 3,7 por cento.
O desempenho da carteira foi puxado por financiamento de veículos, que cresceu 58,6 por cento no período, e por crédito para micro, pequenas e médias empresas, que avançou 59,7 por cento.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado ficou em 32,8 por cento, abaixo dos 35,1 por cento há um ano.
No primeiro semestre do ano, o lucro líquido somou 4,016 bilhões de reais, acima dos 2,958 bilhões dos primeiros seis meses de 2006.
O lucro líquido recorrente do Itaú no trimestre passado ficou acima do 1,8 bilhão de reais obtido pelo rival Bradesco, maior banco privado brasileiro, que na véspera divulgou seu balanço.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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